Imigração

Alemanha busca orçamento equilibrado apesar de crise de imigrantes, diz Schäuble

O governo alemão previu que gastará US$ 6,7 bilhões adicionais em 2016 em função de custos relacionados à maior entrada de imigrantes no país

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/09/2015 às 11:08
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O governo alemão previu que gastará US$ 6,7 bilhões adicionais em 2016 em função de custos relacionados à maior entrada de imigrantes no país - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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 O governo da Alemanha vai conseguir manter sua meta de atingir um orçamento equilibrado, apesar dos desafios financeiros impostos por uma entrada recorde de imigrantes no país, afirmou hoje o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

"Estamos numa posição de reagir de forma apropriada a esse grande desafio porque criamos um colchão financeiro nos últimos anos", disse Schäuble na Câmara Baixa do Parlamento, durante debate sobre a proposta orçamentária para 2016.

Pelo plano de gastos do próximo ano, Berlim tem o objetivo de garantir orçamento equilibrado até 2019 e financiar planos de aumentos de gastos com o crescimento da receita de impostos.

Ontem, o governo alemão previu que gastará 6 bilhões de euros (US$ 6,7 bilhões) adicionais em 2016, em função de custos relacionados à maior entrada de imigrantes no país desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Algumas autoridades alemãs, porém, alertaram que poderão ser necessários mais recursos para oferecer moradia, alimentos e aulas de idiomas aos imigrantes. Apenas em 2015, Berlim espera receber 800 mil pedidos de asilo, quatro vezes mais do que no ano passado.

Segundo Schäuble, a crise de imigração é um "teste para a Alemanha e para a Europa" e lidar com esse assunto tem prioridade absoluta para o governo, que pretende arcar os custos extras sem fazer novas emissões de dívida, "se possível". O ministro também comentou que a economia alemã está robusta, apesar dos riscos globais, e que o crescimento será "bom" neste e no próximo ano.

A proposta de orçamento para 2016 prevê gastos de 312 bilhões de euros, ante 301,6 bilhões de euros estimados para este ano. A expectativa é que os gastos cresçam mais em 2017, a 318,8 bilhões de euros, em 2018, a 326,3 bilhões de euros, e em 2019, a 333,1 bilhões de euros.

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