Mercado Financeiro

Dólar tem maior queda diária em um mês e Bolsa dispara

O dólar comercial caiu 2,26% (R$ 0,087) e fechou esta quinta-feira vendido a R$ 3,748, na menor cotação desde o último dia 24

Da ABr
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Publicado em 03/12/2015 às 20:50
Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
O dólar comercial caiu 2,26% (R$ 0,087) e fechou esta quinta-feira vendido a R$ 3,748, na menor cotação desde o último dia 24 - FOTO: Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
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O dólar teve a maior queda em um mês e o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo, subiu fortemente no dia seguinte à aprovação da meta fiscal do governo para 2015 e ao anúncio de abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O dólar comercial caiu 2,26% (R$ 0,087) e fechou esta quinta-feira (3) vendido a R$ 3,748, na menor cotação desde o último dia 24 (R$ 3,704).

A moeda norte-americana operou em queda durante toda a sessão. Na mínima do dia, por volta das 15h30, o dólar chegou a ser vendido a R$ 3,738. A divisa acumula queda de 3,54% em dezembro, mas subiu 41% no ano.

O dia também foi positivo na Bolsa de Valores de São Paulo. O Ibovespa subiu 3,29% e fechou aos 46.393,26 pontos, interrompendo uma sequência de quatro quedas. Foi a maior alta percentual diária desde 3 de novembro, quando o índice havia subido 4,76%. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, subiram 6,12%. As ações do BB Seguridade, subsidiária de seguros do Banco do Brasil, saltaram 8,43%.

O mercado financeiro vê o impeachment como uma possível solução para a crise política, que gera repercussões na economia. Para o professor do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP) Fabio Kanczuk, se o processo for aprovado e o vice-presidente Michel Temer assumir a Presidência, terá melhores condições políticas para governar e promover reformas macroeconômicas.

Já o economista Luciano D'Agostini, pós-doutorando em macroeconomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, classifica de "imprudente" um possível processo dessa natureza e diz que as consequências vão "respingar no cidadão". Para o economista, devido às incertezas quanto ao futuro, a volatilidade (forte oscilação) da cotação do dólar deve aumentar, assim como o risco país (que mede o grau do risco que um país representa para o investidor estrangeiro).

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