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Dólar ante real abre em alta como no exterior, mas depois cai com Temer

Do exterior, a pressão sobre o dólar é altista

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 08/12/2015 às 10:50
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Do exterior, a pressão sobre o dólar é altista - FOTO: Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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O dólar está em queda na manhã desta terça-feira (8) depois da divulgação de que o vice-presidente Michel Temer enviou uma carta pessoal à presidente Dilma Rousseff, na qual sinaliza rompimento com a petista. Segundo operadores, essa notícia é vista como positiva porque aumenta as chances de impeachment de Dilma.

Do exterior, a pressão sobre o dólar é altista. A moeda valoriza-se ante as divisas ligadas a commodities e de boa parte das economias emergentes. O movimento acontece após os números da balança comercial da China não reverterem os temores sobre uma desaceleração econômica da segunda maior economia do mundo.

A moeda chegou a abrir em alta ante o real, mas em seguida passou a cair. Até o momento, o recuo devolve parcialmente a valorização observada na segunda-feira, 7, no fechamento, quando o dólar subiu 0,45%, a R$ 3,7641. Às 9h18, a moeda à vista caía 0,27% aos R$ 3,7540. O dólar para janeiro de 2016 tinha baixa de 0,42%, a R$ 3,7815.

Além de repercutir a carta de Temer para Dilma, o mercado está de olho na agenda dos parlamentares. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adiou para a tarde desta terça (14 horas) a votação dos integrantes da comissão especial que decidirá pela procedência ou arquivamento do processo de impeachment de Dilma.

Cunha marcou a reunião para o mesmo horário da sessão do Conselho de Ética, a qual dá continuidade à análise do parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) no processo contra Cunha. A presidente, por sua vez, tem reunião com governadores no Palácio do Planalto às 17 horas.

Em tempo. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que, se o Tribunal de Contas da União (TCU) confirmar que Temer cometeu os mesmos ilícitos da presidente, ele será "envolvido" no processo de impeachment. 

No exercício da presidência entre novembro de 2014 e julho de 2015, o vice-presidente da República assinou sete decretos que abriram crédito suplementar de R$ 10,807 bilhões. A prática é um dos principais motivos para o pedido de impeachment aberto contra a petista na Câmara.

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