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Os dispositivos móveis continuam concentrando os gastos mundiais dos produtos eletrônicos, mas suas vendas devem cair em decorrência do dólar forte e da desaceleração econômica chinesa, apontam as previsões divulgadas um dia antes do Salão anual de eletrônica CES (Consumer Electronics Show) em Las Vegas.
A associação americana de tecnologias para o grande público (CTA) e a agência de pesquisa GfK estimaram na segunda-feira (4) que os consumidores de todo o mundo gastarão cerca de 950 bilhões de dólares em 2016 em telefones, tablets, televisões, computadores, câmeras fotográficas e videogames.
Se estas previsões forem concretizadas, haverá uma queda de 2% em relação ao ano anterior, quando se chegou a 969 bilhões de dólares.
De acordo com as previsões, também será sentida a desaceleração do crescimento na China e suas consequências para outras regiões do mundo, assim como a queda dos preços de alguns produtos, principalmente dos smartphones, que devem vender uma média de 283 dólares este ano (-7%).
Em nível mundial, os smartphones continuam sendo os motores do mercado, representando, segundo as estimativas, 40% das vendas de produtos eletrônicos, apesar da desaceleração de seu crescimento (o número de unidades vendidas aumentou menos de 10% pela primeira vez no ano passado).
Somando-se os tablets e laptops, esses três produtos representarão 58% dos gastos mundiais neste ano.
O setor também se apoia fortemente nas novas categorias de produtos, que podem representar "a próxima onda de crescimento", segundo Koenig.
Trata-se de realidade virtual e aumentada, televisores de ultra alta definição (4K), acessórios usáveis conectados ("wearables"), além de relógios e drones.
"Essas são categorias nascentes que ajudam a manter o crescimento" do setor, estimou Shawn DuBravac, da CTA.