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O forte recuo do petróleo em Londres e em Nova York e as preocupações em torno da China provocaram nesta sexta-feira, 15, novo movimento de busca por proteção. Isso fez o dólar subir em todo o mundo ante divisas de países emergentes ou exportadores de commodities. No Brasil, a moeda à vista fechou em alta de 1,36%, aos R$ 4,0484, encerrando a semana com elevação de 0,36%. No mercado futuro, que funciona até as 18 horas, o dólar para fevereiro subia há pouco 1,10%, aos R$ 4,0605.
Desde o início do dia os investidores globais atuaram na venda de ações e na compra de dólares e Treasuries. Em parte, o movimento era reflexo da queda de 3,6% da bolsa de Xangai, após notícias de que alguns bancos chineses estariam recusando ações de empresas como colateral de empréstimos. Além disso, saíram dados ruins do setor bancário referentes a dezembro: foram 597,8 bilhões de yuans (US$ 90,7 bilhões) em novos empréstimos liberados, bem menos que os 708,9 bilhões de yuans concedidos em novembro. No geral, os números ampliaram a percepção ruim em relação à desaceleração da economia da China.
Somado a isso, o petróleo voltou a desabar - desta vez, para abaixo dos US$ 30 o barril. Se ontem houve certa recomposição dos preços, na ausência de fatos ruins, hoje o petróleo refletia a tendência de mais aumento de oferta. Tudo porque o Irã aguarda para algum momento de janeiro que as sanções impostas ao país sejam levantadas, como consequência do acordo assinado com seis potências globais para restringir o programa nuclear de Teerã. Se as barreiras caírem, o Irã colocará mais 500 mil barris de petróleo por dia no mercado internacional. Há apostas de que as sanções caiam já no fim de semana.
Estes fatores fizeram o dólar subir durante todo o dia no Brasil Na mínima, na abertura dos negócios, a moeda à vista marcou R$ 4,0010 (+0,17%) e, na máxima, às 11h52, atingiu R$ 4,0643 (+1,76%). Neste momento de pico, as cotações também refletiam alguns números ruins sobre a economia americana, com destaque para o índice Empire State de atividade industrial de Nova York (-19,37 em janeiro, ante previsão de -4,0) e para as vendas no varejo americano (+2,1% em 2015, a menor taxa em seis anos). À tarde, houve certa desaceleração, mas ainda assim a divisa terminou com ganhos firmes.