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O dólar à vista fechou em baixa de 1,11% nesta terça-feira (26), cotado a R$ 4,0625. A queda da moeda norte-americana foi determinada principalmente pela recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional, que aumentou o apetite por risco dos investidores e valorizou as moedas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil.
O dólar chegou subir pela manhã, quando atingiu a máxima de R$ 4,1221 (+0,34%). A virada aconteceu depois que o ministro do Petróleo do Iraque, Abdul Karim Luaibi, declarou que a Arábia Saudita, o maior exportador mundial da commodity, está "mais flexível" em relação a possíveis cortes em sua produção. Além disso, a petrolífera estatal saudita Saudi Aramco disse que o aumento da demanda por petróleo pode superar 1,2 milhão de barris por dia em 2016.
Os comentários fizeram o petróleo se firmar em alta e, durante a tarde, chegar a subir mais de 6% em Londres e em Nova York. Com isso, as bolsas se consolidaram em alta pelo mundo e o dólar voltou a bater mínimas no Brasil, atingindo R$ 4,0523 (-1,35%). Para isso, contribuíram ainda dados positivos da economia dos EUA, como o índice de confiança do consumidor, que subiu para 98,1 em janeiro, de 96,3 em dezembro (dado revisado). Analistas previam recuo a 96,0.
O cenário doméstico apresentou poucas novidades. Pela manhã, o Banco Central informou que o País teve déficit em conta corrente de US$ 2,460 bilhões em dezembro, um resultado melhor que o rombo de US$ 11,654 bilhões de dezembro de 2014. No ano passado, o déficit ficou em US$ 58,942 bilhões, também melhor que os US$ 104,181 bilhões do acumulado de 2014.
Outro destaque foi o Investimento Direto no País (IDP, antigo IED), que somou US$ 15,211 bilhões em dezembro e US$ 75,075 bilhões em 2015, cobrindo com folga os déficits em conta corrente. Com o resultado desta terça-feira, o dólar à vista passa a acumular alta de 2,59% em janeiro.