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Pela primeira vez em mais de um mês, a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 3,90. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (4) vendido a R$ 3,894, com queda de R$ 0,024 (-0,61%). A cotação está no menor nível desde 28 de dezembro (R$ 3,86).
O dólar operou em queda durante toda a sessão. Por volta das 13h30, na mínima do dia, a moeda chegou a ser vendida a R$ 3,85, mas o ritmo de queda diminuiu nas horas seguintes. Depois das 16h, a cotação passou a oscilar em torno de R$ 3,89. A divisa acumula queda de 1,37% em 2016.
Na bolsa de valores, o dia foi de recuperação. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou esta quinta com alta de 3,08%, aos 40.809 pontos. Apesar das altas nos últimos dias, o índice continua próximo dos níveis observados em 2009, no auge da crise internacional provocada pelo colapso do crédito imobiliário nos Estados Unidos.
A alta foi impulsionada pelas ações da Petrobras e da mineradora Vale, que negociam commodities – bens primários com cotação internacional. As ações da Petrobras subiram 8,74% (ações ordinárias, que dão direito a voto em assembleia de acionistas) e 5,12% (ações preferenciais, que dão preferência na distribuição de dividendos). Os papéis da Vale dispararam 15,43% (ações ordinárias) e 11,78% (ações preferenciais).
Desde o fim do mês passado, quando o Banco Central do Japão anunciou que a terceira maior economia do planeta terá juros negativos, as moedas dos países emergentes estão se recuperando. Isso porque o estímulo à economia japonesa pode compensar a desaceleração da China e impulsionar a demanda global por commodities.
A redução do crescimento da economia chinesa, que em 2015 registrou a menor expansão em 25 anos, afeta fortemente países exportadores de produtos agrícolas e de minérios como o Brasil. Isso porque a menor demanda por esses produtos barateou as exportações brasileiras. Com menos dólares entrando no país, a cotação do dólar subiu nas últimas semanas.