O pessimismo dos investidores com o novo rebaixamento do rating brasileiro, os dados ruins da economia brasileira e o cenário internacional menos favorável levaram o dólar a fechar em alta de 1,66% nesta quinta-feira (18) cotado a R$ 4,0493. A moeda americana chegou a operar em baixa pela manhã, mas abandonou a tendência.
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O rebaixamento do rating soberano brasileiro promovido ontem pela Standard & Poor's não chegou a ser uma surpresa para o mercado, dadas as condições deterioradas da economia. Mas foi mais uma notícia ruim - reforçada, inclusive, pelos dados do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgados na manhã de hoje. O indicador, considerado uma espécie de prévia do PIB, recuou 4,08% em 2015 ante o ano anterior. O dado ficou dentro das estimativas do mercado, mas confirmou o quadro recessivo do País.
Boa parte da pressão sobre o câmbio veio da influência internacional. O petróleo, que chegou a subir mais de 4% pela manhã, perdeu força à tarde, após a divulgação de dados sobre os estoques de petróleo nos EUA. Houve alta de 2,147 milhões de barris na semana passada, menos que os 3,100 milhões esperados. Por outro lado, os estoques de gasolina aumentaram 3,036 milhões, mais que os 200 mil de queda projetados, e os de destilados avançaram 1,399 milhão de barris, ante estimativa de queda de 1,700 milhão. O petróleo reagiu com baixa à notícia, o que contribuiu para acelerar a queda das bolsas e a alta com que o dólar já vinha operando. Na máxima do dia, a cotação chegou a R$ 4,0535 (+1,77%).
No fim da tarde, fatores técnicos também intensificaram a busca por dólares, com profissionais "vendidos" (que apostam na baixa) zerando posições para interromper perdas.