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Bolsas da Europa fecham em queda pressionada por ações de energia

A recuperação, no entanto, não impediu o segmento de energia de terminar com fortes perdas

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 24/02/2016 às 17:00
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A recuperação, no entanto, não impediu o segmento de energia de terminar com fortes perdas - FOTO: Foto: Paulo Pinto Fotos Públicas
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Os principais índices acionários europeus fecharam com perdas nesta quarta-feira (24) pressionados por uma queda do petróleo que derrubou as cotações do setor de energia. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 2,30%, aos 320,23 pontos.

Os contratos futuros do petróleo registraram queda durante praticamente todo o pregão europeu, reagindo ainda a declarações de ontem do ministro saudita do Petróleo, Ali Al-Naimi, sobre as poucas chances de um corte na produção da commodity, e também ao relatório do American Petroleum Institute (API), informando que os estoques nos EUA aumentaram na última semana. Nesta quarta, o representante iraquiano na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou também que seu país não pretende deixar de elevar sua produção.

A cotação do barril começou a melhorar apenas no início da tarde, quando o Departamento de Energia (DoE) norte-americano revelou que, embora os estoques de petróleo bruto tenham subido na semana passada, os estoques de gasolina e destilado recuaram acima do esperado. A produção no país também caiu no período.

A recuperação, no entanto, não impediu o segmento de energia de terminar com fortes perdas. As ações da francesa total recuaram 1,72%, enquanto as da norueguesa Statoil tombaram 5,15% e as da anglo-holandesa Shell cederam 1,97%.

"Os preços do petróleo bruto atingiram nova mínima da semana, trazendo de volta os temores e a ansiedade que dominaram os mercados globais em 2016", disse Josh Mahony, analista da IG. "Com o Irã chamando a proposta de congelar a produção de "uma piada" e o Iraque se negando a voltar atrás em seu plano de elevar sua produção a 6 milhões de barris por dia até 2020, não há dúvidas de que o excesso de oferta veio para ficar".

Em Londres, o índice FTSE-100 terminou em queda de 1,60%, aos 5 867,18 pontos, pressionado também pelo desempenho das mineradoras, que tiveram perdas após o Citi cortar o rating do setor na Europa para neutro. Os papéis da BHP Billiton recuaram 8,38%, enquanto as da Anglo American caíram 9,57% e os da Glencore cederam 10,12%. 

Já em Frankfurt, o DAX fechou aos 9.167,80 pontos, queda de 2,64%. As quedas foram lideradas pelo setor automotivo: Volkswagen perdeu 4,65% e Daimler Benz recuou 4,09%.

O índice CAC-40 da bolsa de Paris registrou queda de 1,96%, aos 4.155,34 pontos, pressionado ainda por um queda inesperada da confiança do consumidor, que foi a 95 em fevereiro, de 97 em janeiro. O destaque positivo ficou com as ações da Peugeot, que ganharam 1,46% após a companhia anunciar que reverteu o prejuízo e lucrou 899 milhões de euros em 2015. 

Já o FTSE-Mib, da bolsa de Milão, caiu 5,59%, aos 16.719,36 pontos. O setor bancário liderou as quedas, com destaque para Banca Monte dei Paschi di Siena (-5,68%) e Banca Popolare di Milano Sarl (-5,61%).

Em Madri, o Ibex-35 encerrou em queda de 3,07%, aos 8.013,70 pontos, enquanto em Lisboa, o PSI-20 fechou aos 4.590,81 pontos, queda de 1,77%.

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