"Política e ponto final", resumiu um profissional ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ao justificar a queda do dólar ante o real nesta sexta-feira (18). O dólar à vista terminou a jornada em baixa de 1,86% ante o real, aos R$ 3,5796. Essa é a menor cotação em quase sete meses, desde 27 de agosto de 2015. "A possibilidade de Dilma cair aumentou muito, e isso não é uma percepção que está só nas ruas; está entre os investidores também", acrescentou o operador.
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No início da sessão, o dólar até chegou a avançar no Brasil, tendo marcado a máxima de R$ 3,6712 (+0,66%) às 9h02. Naquele momento, as cotações se alinhavam em parte ao exterior, onde a moeda americana subia ante outras divisas, e reagiam ao início da redução da rolagem dos contratos de swap cambial pelo Banco Central.
Após marcar esta máxima, a moeda americana rapidamente desacelerou e, em 12 minutos de negócios, já migrava para o território negativo. Durante a tarde, o recuo do dólar acabou se intensificando em vários momentos, com a disparada de stops de comprados no mercado futuro.
Às 17h30, quando o mercado à vista de ações já estava fechado, surgiu a notícia de mais uma liminar de um juiz de primeira instância suspendendo a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Essa é a terceira decisão que se tem conhecimento desde ontem, quando o petista assumiu o cargo. A decisão foi tomada pela 1ª Vara de Assis, no interior de São Paulo. Mais cedo, o Tribunal Regional Federal da 2ª região havia derrubado a segunda liminar contra Lula, de uma juíza do Rio.
Há instantes, a queda do dólar no mercado futuro desacelerou fortemente. Segundo fonte ouvida pelo Broadcast, o Banco Central fez uma pesquisa de demanda, nas mesas, por leilão de swap reverso. Essa informação, que circulou rapidamente no fim da tarde, fez o dólar para abril praticamente zerar as perdas, fechando a R$ 3,635 (-0,05%).