A saída da Grã-Bretanha da União Europeia poderia custar 100 bilhões de libras e acabar com quase um milhão de postos de trabalho, segundo um estudo encomendado pela CBI, principal organização das indústrias britânicas. De acordo com o estudo da empresa de consultoria PwC solicitado pela Confederação das Indústrias Britânicas (CBI), o "Brexit" teria "um sério impacto" na economia da Grã-Bretanha e custaria por volta de 100 bilhões de libras (145 bilhões de dólares) em perda de produção, o equivalente a quase 5% do PIB anual.
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"Esta análise mostra com grande clareza por que sair da União Europeia seria um verdadeiro golpe para o nível de vida, o emprego e o crescimento", declarou Carolyn Fairbairn, diretora geral da CBI. "Mesmo com a melhor das hipóteses, isto teria um sério impacto na economia do Reino Unido", disse. O "Brexit" custaria a Grã-Bretanha 950.000 empregos, o que significa que o índice de desemprego em 2020 seria 2% a 3% maior que no caso da permanência na UE, segundo o estudo.
Um referendo sobre a permanência ou saída do bloco europeu será realizado na Grã-Bretanha em 23 de junho. As pesquisas mostram que as intenções de voto estão muito equilibradas e que, a três meses do referendo, até 20% dos eleitores continuam indecisos. Vote Leave, um dos grupos que lideram a campanha a favor da saída da Grã-Bretanha da UE, rejeitou os resultados do estudo divulgado pela CBI.
Matthew Elliot, um dos diretores do Vote Leave, declarou à BBC que as opções expostas no estudo estavam "enviesadas" e repetiu que "a única opção válida" é abandonar a UE.