Banco Mundial

Banco Mundial reduz previsão de crescimento mundial para 2,4% em 2016

Atividade anêmica dos países ricos e incertezas dos países emergentes são as principais causas do modesto crescimento mundial

AFP
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Publicado em 07/06/2016 às 21:45
Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
Atividade anêmica dos países ricos e incertezas dos países emergentes são as principais causas do modesto crescimento mundial - FOTO: Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
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O Banco Mundial reduziu suas previsões de crescimento global, em um contexto de atividade "anêmica" nos países ricos e de incertezas nas economias emergentes.

O Produto Interno Bruto mundial deverá crescer somente 2,4% este ano, marcando uma estagnação em relação a 2015 e uma piora em comparação a janeiro, quando o BM ainda previa um crescimento de 2,9%.

Para 2017, a instituição não se mostra otimista e reduziu sua previsão em 0,3 ponto percentual, a 2,8%.

"Os mercados emergentes e os países em desenvolvimento exportadores de matérias-primas têm dificuldades para adaptar-se aos baixos preços do petróleo e de outros produtos básicos", escreve o Banco.

"O crescimento econômico continua sendo o fator mais importante na redução da pobreza, e é por isso que nos preocupa que o crescimento se reduza nos países em desenvolvimento que exportam matérias-primas, devido à queda dos preços", disse o presidente do BM, Jim Yong Kim.

"Esse crescimento fraco evidencia por que é importante para esses países desenvolver políticas que estimulem o crescimento econômico a fim de melhorar a vida de quem vive na extrema pobreza", acrescentou.

A China deve continuar crescendo solidamente neste ano (6,7%), enquanto a Índia deve chegar aos 7,6%. Já Brasil e Rússia devem registrar recessões piores do que o previsto: -4,0% e -1,2%, respectivamente.

Entre os países ricos, os Estados Unidos crescerão 0,8 ponto percentual a menos do que o esperado, a 1,9%, por causa da valorização do dólar, que afeta suas exportações, e da crise da indústria extrativa, atingida por um petróleo barato.

A zona do euro deve se beneficiar de um "modesto impulso" que manteria seu crescimento em 1,6% neste ano.

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