O governo da Venezuela prorrogou nesse sábado (17) o prazo para utilização de notas de 100 bolívares até 2 de janeiro. Essas notas já deveriam ter saído de circulação, conforme anúncio há uma semana pelo presidente Nicolás Maduro, que gerou uma onda de protestos no país.
Leia Também
- Brasil e Argentina esperam que Venezuela se reintegre ao Mercosul
- Oposição retoma julgamento parlamentar de Maduro na Venezuela
- Parlamento declara 'responsabilidade política' de Maduro na crise da Venezuela
- Argentina assume presidência do Mercosul ante oposição da Venezuela
- Venezuelanos estão impedidos de receber salário por falta de cédulas
Maduro disse que a decisão se deve à falta de notas para substituição. Segundo ele, três aviões que transportavam essas notas foram "vítimas de sabotagem ". Ele não deu detalhes sobre a suposta sabotagem, no anúncio que foi televisionado.
Durante toda a semana, os venezuelanos enfrentaram longas filas para depositar as notas de 100 bolívares em bancos, que em breve vão perder valor. Em Caracas, as pessoas batiam em panelas e criticavam a aparente falta de planejamento. Não havia dinheiro circulando nas ruas ou nas lojas.
Venezuela enfrenta a inflação mais alta do mundo
A Venezuela enfrenta atualmente a inflação mais alta do mundo. Ainda neste sábado, centenas de pessoas que defendem o governo e membros do partido no poder marcharam em Caracas vestindo camisetas vermelhas, para apoiar Maduro e a "guerra econômica" contra a Venezuela.
