MOEDA

Dólar fecha próximo de R$ 3,15 e alcança menor valor em três meses

A cotação está no menor nível desde 26 de outubro (R$ 3,142)

Agência Brasil
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Publicado em 27/01/2017 às 19:21
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A cotação está no menor nível desde 26 de outubro (R$ 3,142) - FOTO: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Em um dia de tranquilidade no mercado financeiro, a moeda norte-americana teve forte queda e alcançou o menor valor em três meses. O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (27) vendido a R$ 3,152, com queda de R$ 0,029 (-0,9%). A cotação está no menor nível desde 26 de outubro (R$ 3,142).

O dólar operou em baixa durante toda a sessão, mas ampliou a queda durante a tarde. A divisa acumula queda de 3% em janeiro.

O desempenho mais fraco que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) dos Estados Unidos ajudou a reduzir o valor do dólar em todo o mundo. Em 2016, a maior economia do planeta cresceu 1,6%, o pior resultado desde 2011.

A desaceleração da produção norte-americana reforça expectativas de que o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, aumente os juros básicos dos Estados Unidos mais lentamente que o esperado. Taxas mais baixas nos países desenvolvidos estimulam a migração de capitais para países emergentes, como o Brasil, onde os juros são mais altos. A entrada de recursos financeiros empurra para baixo a cotação do dólar.

No mercado interno, a atuação do Banco Central também ajudou o dólar a cair. A autoridade monetária leiloou US$ 750 milhões em contratos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Esse tipo de operação tem como objetivo impedir que a cotação dispare em momentos de alta, mas intensifica a queda da divisa em momentos de baixa.

No mercado de ações, o dia foi de realização de lucros. Após quatro dias seguidos de ganhos, o índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou o dia com queda de 0,24%, aos 66.034 pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 1,78% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 1,14% (papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos).

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