BUENOS AIRES

Argentinos protestam contra Macri

Argentinos protestaram contra o novo pacote de medidas econômicas do presidente Mauricio Macri, que prevê um severo ajuste fiscal

AFP
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Publicado em 04/09/2018 às 2:01
JUAN MABROMATA / AFP
Argentinos protestaram contra o novo pacote de medidas econômicas do presidente Mauricio Macri, que prevê um severo ajuste fiscal - FOTO: JUAN MABROMATA / AFP
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Na tradicional esquina de San Juan e Boedo, em Buenos Aires, moradores protestaram na noite desta segunda-feira (3) para rejeitar o novo pacote de medidas econômicas do presidente Mauricio Macri, que prevê um severo ajuste fiscal.

"Basta Macri", dizia um dos cartazes em meio a um "panelaço" e ao som da banda local 'La Gloriosa', que batia bumbo.

O protesto se multiplicou por várias esquinas de Buenos Aires, após uma convocação pelas redes sociais em reação ao novo pacote anunciado por Macri para enfrentar a crise econômica.

"Estamos fazendo barulho porque é a maneira com a qual o povo pode se expressar contra todas as  barbaridades que este governo faz. Estão nos sufocando com os aumentos de preços. Tudo vai mal. Temos que reagir...", disse à AFP a professora aposentada Liliana Mayoral.

"MM (Mauricio Macri) não sabe governar. Pare de mentir e antecipe as eleições", dizia outro cartaz em referência às eleições presidenciais de outubro de 2019.

María Eugenia Urzi, outra aposentada que se somou ao protesto nesta esquina que inspirou um célebre tango, declarou que ficou indignada com o discurso de Macri.

"Isto não se aguenta mais. O dólar sobe, os preços sobem, há cada vez mais gente dormindo nas ruas, a pobreza aumenta e o governo é um desgoverno. Macri não tem ideia do desastre que fez".

Novo pacote de austeridade

Nesta segunda-feira, Macri anunciou um novo pacote de austeridade que prevê impostos sobre as exportações e redução do tamanho do Estado visando o equilíbrio fiscal, por meio do qual busca enfrentar uma forte crise econômica, ao mesmo tempo em que renegocia as condições de um programa de ajuda de 50 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

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