BRASÍLIA - A semana vai ser de muitas discussões e mobilização dos 850 mil servidores públicos federais representados pela Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), em torno das reivindicações que fazem ao governo para acabar com a greve. O movimento ocorre de forma parcial em todos os Estados e no Distrito Federal. Até a próxima terça-feira, o governo terá novas rodadas de negociações com representantes dos servidores em greve.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Condsef, Josemilton Costa, "o governo não deverá rever, pelo menos de imediato", o porcentual de reajuste de 15,8%, parcelado até 2015. Segundo Costa, até o dia 31 de agosto, data-limite para que o Executivo envie decreto ao Legislativo com a previsão orçamentária da folha dos servidores para 2013, a categoria continuará pressionado o governo.
Para amanhã (20), está marcada nova reunião dos servidores com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça. Ele se reuniu com os grevistas na sexta-feira (17) e no sábado (18), mas, para a Condsef, "as conversas não resultaram em avanços".
O governo vem fazendo negociações em separado com algumas categorias. Na terça-feira (21) está prevista nova reunião com servidores da Polícia Federal. Os delegados e peritos, que não fizeram greve, estão entre as categorias que receberam proposta de reajuste de 15,8%. As informações são da Agência Brasil.
Ainda neste domingo, autoridades relataram um ataque aéreo das forças de coalização no nordeste do país, matando um grande grupo de supostos milicianos do Taleban. A Otan, por intermédio de seu porta-voz, o major Martyn Crighton, alegou que ao menos duas dúzias de insurgentes foram mortas neste ataque em Kunar, província vizinha a Jalalabad. Já o governador da província afirma que o número de mortos é próximo a 50 supostos insurgentes.