Iniciadas na última terça-feira, as discussões dos líderes mundiais na cidade de Davos (Suíça), no Fórum Econômico Mundial, vão muito além da crise financeira europeia. Os assuntos vão desde o impacto das atividades humanas sobre o planeta até a luta pela erradicação de doenças, passando pelos efeitos de uma possível descoberta de vida alienígena. Ontem, a presença mais importante foi a da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, que minimizou a piora da previsão da instituição para o crescimento econômico global em 2013. O FMI anunciou que prevê um crescimento global de 3,5% este ano, abaixo da previsão de 3,6% anunciada em outubro.
Na última terça-feira, o destaque foi a participação da atriz sul-africana Charlize Theron, na sua briga contra a aids – que assola seu país – e o artista brasileiro Vik Muniz, que tem um trabalho com catadores de lixo. Os dois foram homenageados por seus trabalhos sociais.
O Fórum também alerta sobre os riscos que a humanidade vai enfrentar nos próximos 10 anos. Dentro dessas discussões há uma que, num primeiro momento, parece saída de filmes de ficção científica: a convivência com a vida alienígena.
O relatório 2013 apresentado no lançamento do Fórum aponta o resultado de uma pesquisa feita com cerca de 1.000 especialistas da indústria, governo e academia, que foram perguntados sobre quais são os 50 maiores riscos que a humanidade enfrentará em 10 anos. Além das preocupações com a resistência da economia mundial e meio-ambiente, estão questões menos óbvias como a relação dos incêndios numa sociedade cada vez mais hiperconectada, além dos chamados fatores X, que trazem preocupações de consequências desconhecidas.
Dentre elas, o relatório defende que, dado o passo em que a exploração espacial vem se desenvolvendo, é cada vez mais aceitável a hipótese de descoberta de vidas extraterrestres, as mais ínfimas que sejam, e de como essa novidade vai afetar a nossa busca por planetas habitáveis.
Os especialistas concordam que a descoberta de novos mundos amigáveis à vida humana canalizariam os investimentos da ciência para este fim e, paralelamente, seria necessário prevenir a sociedade sobre consequências indesejáveis em relação à descoberta, que levaria a uma mudança de paradigmas sobre como a humanidade enxerga o universo.