O Indicador Antecedente Composto da Economia (Iace) para o Brasil, divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e pelo The Conference Board avançou 0,5% em setembro, atingindo a marca de 125,8 pontos. O resultado de setembro segue-se a uma alta de 0,9% em agosto e a uma redução de 2,2% em julho. Cinco dos oito componentes contribuíram positivamente para o índice de setembro.O objetivo do indicador é antecipar a direção da economia brasileira no curto prazo.
De acordo o economista da FGV/Ibre, Paulo Picchetti, o crescimento relativo do IACE para o Brasil reforça a probabilidade de uma fraca recuperação da atividade econômica no último trimestre de 2013. "A dimensão dessa recuperação ainda é incerta dada a alta volatilidade dos mercados internacionais e a baixa taxa de confiança entre os gestores e empresários brasileiros", afirmou, em nota.
Já o economista do Conference Board, Jing Sima, ressalta que o IACE para o Brasil aumentou novamente este mês devido a melhorias nas expectativas dos consumidores, ao setor de serviços e a componentes ligados ao setor financeiro e às exportações. "No entanto, a indústria de transformação e o consumo das famílias ainda estão fracos e a economia brasileira continua desequilibrada - sinais de que o crescimento econômico ainda apresenta baixo desempenho em relação ao seu potencial", completou.
Também elaborado pelo FGV/IBRE e pelo The Conference Board, o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, que mede as condições econômicas atuais, aumentou 0,2% em setembro, atingindo a marca de 129,2 pontos. O resultado de setembro mostra continuação na trajetória de alta, já que em agosto o ICCE subiu 0,2% e teve alta de 0,1% em julho. Cinco dos seis componentes contribuíram positivamente para o índice de agosto.