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BNDES descarta reforma da previdência em 2015

Para Giambiagi, promover uma mudança que só altere as regras do futuro pode parecer sábio, mas ''seria uma bobagem''

da Agência Estado
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Publicado em 22/11/2013 às 19:15
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O chefe do Departamento de Risco de Mercado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fabio Giambiagi, afirmou nesta sexta-feira (22) que não é otimista em relação a uma reforma na previdência em 2015, ano do primeiro mandato do próximo presidente da República. "Não acredito, realisticamente, que vai haver reforma em 2015. Talvez em 2019 isso esteja mais claro."

Ainda assim, segundo ele, é importante que os candidatos não rejeitem esse debate durante a campanha nas eleições de 2014, ou isso poderia tornar a aprovação ainda mais difícil. A reforma previdenciária, por ser complexa, teria de ser feita no primeiro ano do próximo mandato, quando os partidos integrantes da coalizão "ainda estão em lua de mel". 

Giambiagi defende uma política de transição para que as pessoas que já estão no mercado de trabalho não sejam pegas de surpresa por eventuais mudanças. "Quanto mais tempo de trabalho e de contribuição, mais próximo da regra atual. Quanto mais jovem, mais próximo estaria da regra nova", explicou. Para ele, promover uma mudança que só altere as regras do futuro pode parecer sábio, mas "seria uma bobagem".

Para que o governo efetivamente discuta e promova uma mudança nas regras da previdência, ele diz que são necessários alguns atributos, como o diagnóstico da situação, a convicção necessária, o dispêndio de energia para a aprovação e uma capacidade de persuasão e de articulação política. "Espero que, durante a campanha, não se criem vetos a algumas dessas medidas para o futuro", acrescentou.

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