A Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) divulgou nesta quarta-feira (28) as estimativas do setor para a Copa do Mundo e informou que a procura por reservas em hotéis, pousadas, albergues, pensões e motéis nas cidades-sede atingiu a expectativa dos empresários para o período.
O Rio de Janeiro lidera o ranking, com 98% de ocupação prevista para o período do Mundial. São Paulo terá a menor taxa de ocupação, com 62%.
De acordo com o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, o alto percentual de ocupação vai dar visibilidade para o setor hoteleiro nacional.
"De um modo geral, podemos dizer que a taxa de ocupação é positiva. Isso vai dar uma visibilidade importante da imagem do Brasil lá fora, porque sendo bem atendidas, essas pessoas vão retornar para o nosso país", disse.
Recife, Porto Alegre, Fortaleza, Natal e Brasília aparecem em seguida no ranking da taxa de ocupação da rede hoteleira durante a Copa. Em Brasília, a previsão de ocupação de 70% é considerada “muito boa” pela federação, já que em julho a cidade costuma registrar poucas reservas em virtude do recesso do Congresso Nacional.
Porto Alegre, com 80% de ocupação durante a Copa, deverá receber muitos turistas da América do Sul, pela proximidade com países vizinhos da região, de acordo com a entidade.
As cidades com os índices mais baixos de reservas são Belo Horizonte, Salvador, Cuiabá e Curitiba. Manaus e São Paulo, com 65% e 62% de ocupação, respectivamente, ficaram abaixo das expectativas do setor.
“São Paulo é uma cidade de eventos e, consequentemente, as pessoas que viajam a negócios estão evitando se deslocar durante a Copa do Mundo. Em função das partidas designadas ou porque não tem atrativos turísticos, [a cidade] perdeu grande parte da sua demanda e isso explica essa ocupação mais baixa. Manaus é uma questão de distância mesmo, de acesso”, explicou Sampaio.
A federação aponta que o setor hoteleiro enfrentou algumas dificuldades em relação à mão de obra qualificada e treinamento durante a preparação para a Copa, e, segundo Sampaio, até o fim do megaevento, ainda haverá problemas.
“É importante a gente dar a melhor qualidade de recepção para esse pessoal que está vindo. A questão linguística [do idioma] vai ser um complicador. Alguns trabalharam fortemente com o Ministério de Turismo, provendo formação linguística para o pessoal de atendimento, mas eu acho que a gente deve ter algum percalço”, avaliou.