Telefonia

Acionistas da Oi acompanham as negociações da Portugal Telecom

A preocupação dos dois acionistas da Oi é com os desdobramentos que a crise no grupo português pode ter sobre a fusão da operadora brasileira com a Portugal Telecom

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 14/07/2014 às 21:33
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Desde o final de semana, sócios controladores da Oi estão em Lisboa com a missão de acompanhar de perto a reta final das negociações da Portugal Telecom com a Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES) que passa por dificuldades financeiras. Na comitiva, estão os presidentes do Grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e da Jereissati Participações, Fernando Magalhães Portella, além do advogado Luiz Antonio de Sampaio Campos, do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, que representa a Oi.

A preocupação dos dois acionistas da Oi é com os desdobramentos que a crise no grupo português pode ter sobre a fusão da operadora brasileira com a Portugal Telecom. Os holofotes se voltam para o vencimento nesta terça-feira (15) da maior parte de uma aplicação de 897 milhões de euros feita em abril pela Portugal Telecom em títulos da Rioforte. Em dificuldade financeira, a empresa caminha para não conseguir honrar a operação. Um calote teria forte impacto na fusão, que teve como uma das etapas um aumento de capital na Oi.

Na mesa de negociação, existem duas possibilidades. A primeira, considerada melhor pelos acionistas brasileiros da Oi, seria a redução de 38% para até 20% da fatia da PT na CorpCo, empresa que surgirá da união entre as companhias. Outra opção, que vem ganhando força, é a que envolve garantias. Nesse caso, mesmo que a PT adiasse o prazo de vencimento para os títulos da Rioforte, manteria sua fatia acionária na nova empresa em 38%. No entanto, parte dessas ações seria dada em garantia e liberada à medida que o débito for quitado.

Azevedo e Portella renunciaram recentemente aos cargos de representantes da Oi no conselho da PT após a confirmação da compra de papéis comerciais da Rioforte pela tele portuguesa. A transação não foi informada ao conselho. O negócio foi considerado de risco e entre partes relacionadas, uma vez que o GES é dono de 10,05% da PT. (Colaborou Mônica Scaramuzzo)

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