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FGV mantém projeção de 0,30% para IPC-S de setembro

A FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,21% na primeira quadrissemana de setembro

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 08/09/2014 às 15:52
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O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, manteve a projeção de uma taxa de 0,30% para o indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de setembro. Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ele disse que os dados do começo do mês anunciados nesta segunda-feira (8) reforçam a expectativa de que o índice seguirá uma trajetória de aceleração em setembro contra o mês imediatamente anterior.

Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,21% na primeira quadrissemana de setembro. O resultado foi 0,09 ponto porcentual maior do que a taxa de 0,12% do encerramento de agosto.

"A trajetória do índice está corroborando nossa previsão", comentou Picchetti. "Acredito que o quadro vai começar a revelar qual é o nível efetivo médio da inflação, após meses de sazonalidade baixa e com resultado próximo de zero. É a volta ao nível efetivo, mais próxima do que o núcleo estava mostrando", destacou.

Para Picchetti, o grande fator de aceleração para o IPC-S de setembro será o grupo Alimentação, cuja alta passou de 0,13%, no fim de agosto, para 0,29% na primeira leitura de setembro. "É o grande diferencial", disse, avaliando até que o grupo "subiu rápido" no período pesquisado.

Segundo o coordenador do indicador da FGV, alguns destaques da aceleração da Alimentação no período foram a carne bovina, cuja elevação passou de 0,34% para 1,08%, e a parte de frutas, que mostrou variação positiva de 2,30% na primeira quadrissemana de setembro, ante aumento de 0,99% no fechamento de agosto.

De acordo com Picchetti, mesmo o segmento de hortaliças e legumes, cuja queda passou de 5,51% para 4,46% entre o fim do mês passado e o começo do atual, também ajudou no processo de aceleração da Alimentação. Exatamente por causa da tradicional volatilidade de itens in natura, o coordenador preferiu aguardar as próximas medições da FGV para um eventual ajuste na expectativa para setembro.

"É precipitado para fazer qualquer revisão. Como a história está concentrada nesses itens in natura, tem que avaliar um pouco mais para ver, por exemplo, se o preço das frutas não vai começar a desabar na próxima leitura", explicou Picchetti. "A princípio, está mantida a projeção de 0,30% para o IPC-S do mês" salientou.

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