O Brasil deverá dobrar o volume de investimentos em mobilidade urbana nas principais regiões metropolitanas do País nos próximos anos, em relação ao que foi verificado nos últimos 20 anos. Ainda assim, terá um déficit de R$ 229 bilhões, num horizonte de 12 anos. A previsão faz parte de um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ainda em fase final de conclusão. Um trecho do trabalho foi apresentado nesta sexta-feira (12) durante a 20ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, que acontece em São Paulo.
"Haverá uma mudança de patamar, mas não solucionará o déficit em expansão de malha", resumiu o gerente do departamento de Mobilidade e Desenvolvimento Urbano do BNDES, Marcio Zeraik. Ele lembrou que a mobilidade está no foco das atenções, tendo em vista o colapso da mobilidade urbana nos grandes centros, em meio ao aumento da frota de veículos e de malhas de transporte público que não acompanharam a crescimento das cidades.
Com base nos projetos em execução, licitação e estudos, nas 15 principais regiões metropolitanas brasileiras, a previsão é de que os investimentos superem os R$ 10 bilhões/ano nos próximos anos, ante uma média histórica de 0,1% a 0,15% do PIB.
Ele salientou que as estimativas levam em consideração apenas a expansão dos modais de alta e média densidade - metrôs, trens urbanos, monotrilhos, veículo leve sobre trilho (VLT) e corredores exclusivos (BRT - Bus Rapid Transit).