A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou drasticamente a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014. Atualização do cenário macroeconômico global divulgado na manhã desta segunda-feira mostra que a nova expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do País neste ano é de apenas 0,3%. Há apenas quatro meses, em maio, a entidade esperava expansão de 1,8% da economia brasileira.
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A redução de 1,5 ponto porcentual na previsão para o crescimento brasileiro foi o maior corte feito pela entidade que atualizou as perspectivas das 11 maiores economias do mundo no relatório divulgado esta manhã. Com a diminuição do ritmo de crescimento, o Brasil deve terminar o ano com desempenho econômico melhor apenas que a Itália, país que deve ter contração de 0,4% este ano, prevê a entidade.
É válido lembrar que a OCDE reúne cerca de 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo. O Brasil não faz parte da organização. Para 2015, as estimativas da OCDE para o Brasil também pioraram. A previsão para o crescimento da economia brasileira diminuiu de 2,2% para 1,4%.
O relatório da OCDE revela que o Brasil deverá ter desempenho econômico muito diferente dos países emergentes. Em 2014, enquanto o PIB brasileiro deve ficar apresentar ligeira expansão é esperado crescimento de 7,4% para a China e de 5,7% para a Índia. Até mesmo grandes economias desenvolvidas deverão ter ritmo de crescimento superior: Reino Unido crescerá 3,1%, Canadá terá expansão de 2,3%, Estados Unidos terão avanço de 2,1% e Alemanha, 1,5%, prevê a entidade. O Brasil crescerá menos até que a combalida zona do euro que deve ter expansão de 0,8% este ano.
Em 2015, a diferença para os emergentes diminuirá um pouco, mas seguirá relevante. Enquanto o Brasil deve crescer 1,4%, é esperado avanço de 7,3% para a China e 5,9% para a Índia. Entre as grandes economias centrais, EUA devem ter crescimento de 3,1% Reino Unido avançará 2,8% e Alemanha, 1,5% no próximo ano, prevê a OCDE. Em conjunto, a zona do euro deve acelerar para 1 1%, estima a entidade.