Comércio

Consumo não deve crescer tão cedo, avalia Ibevar

Estimativa é de que em 2014 as vendas reais do varejo apresentem queda de 0,3% em 2014 ante o ano anterior

Giovanna Torreão
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Publicado em 16/09/2014 às 12:44
Foto: Reprodução/ Blog de Igor Maciel
Estimativa é de que em 2014 as vendas reais do varejo apresentem queda de 0,3% em 2014 ante o ano anterior - FOTO: Foto: Reprodução/ Blog de Igor Maciel
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O Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) apresenta uma perspectiva pouco otimista para as vendas do varejo no restante de 2014 e no próximo ano. Durante o lançamento do Ranking Ibevar das 120 maiores empresas do varejo, nesta terça-feira, 16, o presidente do conselho da entidade, Claudio Felisoni de Angelo, considerou que renda real e crédito apontam sinais negativos para os próximos períodos e fazem com que não haja espaço para as vendas crescerem.

A estimativa da entidade e do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), é de que em 2014 as vendas reais do varejo apresentem queda de 0,3% em 2014 ante o ano anterior. Para 2015, diz Felisoni, o cenário mais otimista indica expansão real de 2,2% nas vendas, mas ele mesmo considera que uma possível deterioração no cenário de renda e de crédito possa reduzir essa taxa.

"Um cenário em que as variáveis de renda e crédito tenham expansão no próximo ano já não é realista", considerou. "É até pouco provável que já neste segundo semestre de 2014 se mantenham as condições da primeira metade do ano".

Felisoni destacou a perspectiva de alta da inflação em 2015 com possíveis reajustes nos preços administrados. Além disso, ponderou que tem havido elevação de juros e contração dos prazos no crédito ao consumidor. Esse cenário é particularmente negativo para os segmentos de bens duráveis, mais dependentes de crédito, considerou.

Maiores do varejo

O Ranking do Ibevar constatou que o faturamento das 120 maiores empresas de varejo do Brasil cresceu 13% em 2013 na comparação com o ano anterior, chegando a R$ 379 bilhões no ano. Essas companhias representam 29,8% do varejo de bens do Brasil, segundo o Ibevar. O montante leva em conta o total do consumo das famílias, descartadas as compras de automóveis e combustível.

A lista dos dez maiores grupos seguiu sem muitas alterações na comparação com o ano anterior. O Grupo Pão de Açúcar é o maior de varejo do País, com faturamento de R$ 64,4 bilhões no ano passado, seguido, na ordem, por Carrefour, Walmart, Lojas Americanas, Cencosud, Magazine Luiza, Máquina de Vendas, O Boticário, Makro e Raia Drogasil. Considerando apenas os cinco maiores grupos varejistas do País, houve ata de 10,7% nas vendas em 2013 ante o ano anterior.

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