IPC

Fipe mantém estimativa de 0,22% para o IPC de setembro

Fipe anunciou que o IPC registrou taxa de inflação de 0,17% na segunda medição do mês ante alta de 0,24% na primeira quadrissemana

Giovanna Torreão
Cadastrado por
Giovanna Torreão
Publicado em 18/09/2014 às 13:50
Foto: Reprodução/Internet
Fipe anunciou que o IPC registrou taxa de inflação de 0,17% na segunda medição do mês ante alta de 0,24% na primeira quadrissemana - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
Leitura:

Pela segunda semana consecutiva, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve a estimativa para a taxa de inflação de setembro na cidade de São Paulo em 0,22%. Em entrevista concedida nesta quinta-feira, 18, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, disse que manteve a projeção uma vez que os dados da segunda quadrissemana do mês vieram dentro do esperado e diante da expectativa de que as próximas leituras de setembro seguirão dentro da trajetória inicialmente estimada pelo instituto.

Nesta quinta-feira (18), a Fipe anunciou que o IPC registrou taxa de inflação de 0,17% na segunda medição do mês ante alta de 0,24% na primeira quadrissemana. O resultado ficou bem próximo da expectativa de Chagas, que era de uma inflação de 0,19%. Também ficou dentro do intervalo de previsões dos analistas do mercado financeiro, que, no levantamento do AE Projeções, esperavam uma taxa de 0,12% a 0,21%, com mediana de 0,18%.

"Confirma o que estávamos pensando. A inflação continua sendo direcionada pelos grupos Habitação e Alimentação, mas com aquela inversão que estávamos conversando anteriormente", comentou Chagas, referindo-se a um cenário que traz no momento os dois grupos trocando de papeis em relação ao que fizeram em agosto. No mês passado, a Habitação subiu 1,20% e a Alimentação recuou 0 43%.

Atualmente, no primeiro conjunto de preços, somada a um alívio vindo da baixa na conta de telefone fixo, a pressão de alta que o reajuste de energia elétrica da Eletropaulo gerou no IPC de agosto está diminuindo gradualmente. Em relação à Alimentação, o quadro de deflação que o grupo teve em junho, julho e agosto ficou para trás e o cenário atual já é de avanço moderado.

Na segunda quadrissemana de setembro, o grupo Habitação subiu 0 26%, bem menos que a alta de 0,82% da primeira leitura do mês. A Alimentação, por sua vez, avançou 0,09% ante uma baixa de 0,26% na medição inicial de setembro.

Dentro do grupo Habitação, o item energia elétrica ainda continuou liderando o ranking de pressões de alta do IPC, mas claramente com uma variação menos expressiva. Subiu 7,55% ante elevação de 10,12% da primeira quadrissemana e respondeu por um impacto de 0,28 ponto porcentual no IPC. A conta de telefone fixo, por sua vez, apresentou declínio de 8,59% contra baixa anterior de 6,12% e gerou alívio de 0,26 ponto porcentual para a inflação geral na capital paulista.

Na Alimentação, o comportamento da carne bovina voltou a chamar a atenção da Fipe, pois mostrou aumento de 2,15% contra avanço anterior de 0,61%. Outro item que mereceu destaque foi o arroz, cuja alta passou de 2,70% para 4,48% no período pesquisado. O alívio dentro de Alimentação continuou sendo gerado especialmente pelo subgrupo Produtos In Natura, que apresentou baixa de 2,92% na segunda quadrissemana de setembro ante recuo de 2,61% na primeira medição.

Para Chagas, é justamente a falta de confiança na permanência desse subgrupo com essa queda intensa que faz a Fipe acreditar na aceleração do grupo Alimentação, para 0,35% na terceira quadrissemana e para 0,59% no fim de setembro. Quanto à Habitação, a expectativa é de que o grupo já entre no terreno de quedas na terceira leitura do mês, com variação de 0,13%, e termine setembro com declínio de 0,10%.

"Mantidas as condições de temperatura e pressão, teríamos que ter um choque muito adverso, tanto para um lado como para o outro, para tirar a inflação geral dessa zona entre 0,20% e 0 30%", comentou Chagas, salientando que, até o momento, este é um cenário que pode ser aplicado até para o mês de outubro. "Para a inflação do IPC, esta taxa é relativamente baixa, se compararmos a outros indicadores nacionais, como o IPCA", avaliou, referindo-se ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Últimas notícias