Estudantes que tenham o curso financiado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) pagam apenas 60% a valor presente do que seria o custo de seus estudos, concluiu estudo do economista Samuel Pessoa, pesquisador do IBRE-FGV e um dos assessores da campanha do presidenciável Aécio Neves. Pessoa apresentou resultados prévios de pesquisa feita a pedido do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo.
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O economista citou a informação para questionar o uso de dados de inadimplência como um risco para a sustentabilidade do programa. "Por este dado, vemos que o Fies não é apenas um financiamento, já que 40% de seu custo é pago como um programa social", comentou.
Segundo Pessoa, o Fies será um programa sustentável se ele gerar ganhos de renda para as pessoas que conseguirem concluir seus estudos. "O lado financeiro é importante, mas se trata de um programa social e a principal discussão deve ser se ele é capaz ou não de gerar crescimento econômico", comentou.
O economista considerou que o Fies tenderia a evoluir, portanto, pelo caminho de garantir que o financiamento seja dado a cursos de qualidade. Além disso, diz, poderiam ser melhor definidos os critérios de elegibilidade dos estudantes. "Seria interessante um critério em que as taxas de juros fossem mais altas para quem tem renda maior", comentou.