O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 1,4% em setembro na comparação com agosto, para 72,1 pontos, considerando os dados ajustados sazonalmente. Trata-se da sexta alta consecutiva do índice. Em agosto, o ICD subiu 5,8%. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta mais acentuada nos dois últimos meses sinaliza que o consumidor brasileiro vem percebendo uma efetiva piora do estado geral do mercado de trabalho.
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"O indicador coincidente da taxa de desemprego reforça a tendência de enfraquecimento do mercado de trabalho, indicando elevações futuras da taxa de desemprego. No acumulado dos últimos três meses, a taxa de desemprego tende a aumentar para todas as faixas de renda. Mesmo na classe de renda mais baixa observamos uma elevação do índice de 4,4%", destacou a FGV, em nota oficial.
A instituição ressaltou ainda que as classes que mais contribuíram para o resultado do ICD em setembro foram a dos consumidores de renda mais elevada. Entre as famílias com renda mensal acima de R$ 9,6 mil, o Indicador de Emprego (invertido) subiu 3,8%. Já entre os consumidores que possuem renda familiar entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, a alta foi de 1,6%.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.