A inflação e a queda de confiança do consumidor são dois fatores que devem ter influenciado na queda de 0,1% das vendas de supermercados em agosto ante o mês anterior, após a retração de 1,1% em julho ante junho, comentou ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, Mariana Oliveira, economista da consultoria Tendências. Segundo ela, a alta das vendas do varejo como um todo, de 1,1% em agosto, na margem, deve ter sido pontual, sendo que o desempenho de setembro deve ficar perto da estabilidade. No caso da categoria ampliada, que apresentou baixa de 0,4% em agosto, ela também espera um resultado perto de zero para o mês seguinte.
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Na avaliação de Mariana, a melhora das vendas de móveis e eletroeletrônicos em agosto está relacionada com o desempenho de televisores, que voltaram a um patamar razoável de compras pelo consumidor, passada a Copa do Mundo. "Em função do torneio, ocorreu um movimento mais forte de aquisição de TVs entre março e maio", comentou.
De acordo com a economista da Tendências, o varejo deve apresentar um movimento de certa retomada no quarto trimestre, quando devem ter diminuído algumas incertezas das famílias, especialmente as motivadas pelo processo eleitoral. Ela prevê que o segmento restrito deve exibir uma alta de 0,9% ante o mesmo período de 2013, enquanto a categoria ampliada deve avançar 2,7% na mesma base de comparação. Para Mariana Oliveira, em 2014 o varejo restrito deve registrar uma alta maior do que a que deve ser apurada pelo ampliado, com avanço de 2,1% e 0,2%, respectivamente.