Investimento

Alta do juro amplia ganhos de aplicações em renda fixa

A vantagem é ampla para os fundos que têm taxas de administração até 1,5%, segundo estudo

Carolina Sá Leitão
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Publicado em 31/10/2014 às 9:47
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A alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, vai reforçar a rentabilidade dos investimentos em renda fixa, como os fundos de investimentos. Levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, com o juro a 11,25% ao ano, os fundos são mais vantajosos que a poupança na maioria das simulações.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo da Anefac, esse ganho de competitividade da renda fixa tende a se consolidar nos próximos meses. "Com essa alta da Selic, que leva em consideração a pressão do câmbio e as tarifas públicas represadas, se abre uma janela e outras elevações devem vir." Até quarta-feira (29), a expectativa da Anefac era de manutenção da taxa de juros em 11% ao ano.

A vantagem é ampla para os fundos que têm taxas de administração até 1,5%, segundo o estudo. Com a taxa em 2%, os fundos só mantêm o ganho maior quando o prazo de resgate das aplicações supera um ano. A poupança, por sua vez, é melhor para o investidor em relação aos fundos quando a taxa de administração é de 2% e com prazo de até um ano. Quando a taxa é de 2,5% ou mais, a poupança rende mais que os fundos qualquer que seja a situação.

Para quem tem pouca experiência com o mundo das finanças, contudo, a poupança costuma ser uma boa porta de entrada, em especial quando o investimento é baixo. Isso porque, lembra Oliveira, as taxas de administração mais baixas dos fundos, que os colocam em condição mais favorável que a poupança, só estão disponíveis para investimentos de maior valor.

Com a Selic a 11,25%, a caderneta tem ganho de 0,58% mais a Taxa Referencial (ou 6,17% ao ano). A aplicação também é isenta de Imposto de Renda e é possível sacar a qualquer momento. Já os fundos de renda fixa têm seus rendimentos tributados pelo IR. Quanto menor o prazo de resgate, maior a tributação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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