O resultado primário do governo central sofreu um decréscimo de R$ 43,7 bilhões em relação aos nove primeiros meses do ano passado, ao sair de um superávit de R$ 27,996 bilhões para um déficit de R$ 15,705 bilhões no acumulado de janeiro a setembro. Essa é a primeira vez na série histórica do Tesouro Nacional que as contas fecham no vermelho no período de janeiro a setembro.
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Os investimentos totais do governo federal registraram uma alta de 34,1% de janeiro a setembro deste ano, informou o Tesouro Nacional. No período, os investimentos somaram R$ 62,4 bilhões. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que podem ser abatidos da meta fiscal, alcançaram R$ 47,2 bilhões nos nove primeiros meses de 2014, com alta de 47,8%.
As despesas do Tesouro Nacional com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) somaram R$ 1,548 bilhão em setembro. No ano No ano, o gasto chega a R$ 8,0 bilhões. Os gastos com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) somaram R$ 6,545 bilhões em setembro valor 32,6% menor do que o gasto em agosto (R$ 9,716 bilhões). No acumulado do ano, o Tesouro passou R$ 39,925 bilhões para o FAT, valor que é 14,8% superior aos R$ 34,771 bilhões do mesmo período do ano passado.
Dividendos
As contas do governo receberam em setembro um reforço extra de R$ 1,781 bilhão em dividendos. O valor foi antecipado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na semana passada. No ano, os dividendos recebidos somam R$ 17,676 bilhões volume 21,5% maior do que os R$ 14,54 bilhões obtidos no mesmo período do ano passado.
As concessões garantiram no mês de setembro receitas de R$ 49 milhões. No ano, as concessões somam R$ 2,783 bilhões, volume 60,3% menor que os R$ 7 bilhões obtidos no mesmo período de 2013. Conforme informou o Broadcast, o BNDES pagou em setembro R$ 1,25 bilhão.
As despesas com a Previdência tiveram um aumento de R$ 7,43 bilhões em setembro em relação a agosto. Essa forte elevação de gasto de um mês para outro (22%) foi o que o mais pesou no rombo das contas do setor público em setembro. Esses gastos saltaram de R$ 33,73 bilhões para R$ 41,16 bilhões. Esse aumento dos gastos foi decorrente, sobretudo, da segunda parcela do abono equivalente à gratificação natalina a parte dos segurados e dependentes da Previdência.