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CNDL: 33% pretendem reduzir gasto com presentes no Natal

O principal motivo, apontado por 70% dos consumidores, é o aumento da inflação

Karol Albuquerque
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Karol Albuquerque
Publicado em 04/11/2014 às 13:58
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O principal motivo, apontado por 70% dos consumidores, é o aumento da inflação - FOTO: Foto: JC Imagem
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O porcentual de brasileiros que pretendem gastar menos com presentes no Natal deste ano aumentou para 33%, ante 13% em 2013 mostra pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e divulgada nesta terça-feira (4). Para maioria dos entrevistados (51%), há uma impressão de que os preços estão mais caros. O principal motivo, apontado por 70% dos consumidores, é o aumento da inflação. Com isso, mesmo com uma intenção de gastar menos, o valor médio gasto com cada presente aumentou de R$ 86,59 no Natal de 2013 para R$ 122,40 neste ano.

A perspectiva negativa pode ser observada também entre os consumidores que pretendem gastar mais e os que vão desembolsar a mesma quantia, que diminuíram de 41% para 27% e de 46% para 40%, respectivamente. A principal razão apontada por aqueles que pretendem gastar menos é o endividamento (35%), seguido por estar desempregado (18%), para economizar (17%), porque o presente está mais barato do que no ano passado (10%) e possui outras prioridades (8%). Outras justificativas apresentadas são: não conseguiu economizar (3%), situação financeira ruim (2%) e incertezas por causa da eleição (2%).

Além do aumento da inflação, os consumidores apresentaram como razão para a alta dos preços dos presentes um cenário econômico menos favorável (14%), por ser uma data comemorativa (12%) e outros motivos não detalhados (4%). Em relação ao número de presentes, aqueles que têm a intenção de comprar mais lembranças diminuiu de 50% para 40% entre 2013 e 2014, ao mesmo tempo em que os que pretendem comprar menos (de 13% para 15%) e os que devem comprar a mesma quantidade (de 37% para 45%) aumentaram. O número médio de presentes, contudo, permaneceu em 4,3.

Apesar da quantidade total de presentes ter diminuído, a grande maioria dos entrevistados disse ter a intenção de dar pelo menos uma lembrança este ano (87%), aumento de 20 pontos porcentuais em relação a 2013. O principal local de compra será os shoppings centers (62%), seguido pela internet (40%) e lojas de rua/bairro (39%). Já a principal forma de pagamento continua sendo o dinheiro, apesar de ter caído de 57% para 50% entre os dois anos; seguido por cartão de crédito parcelado e à vista, que aumentaram de 16% para 27% e de 9% para 10%, respectivamente; e cartão de débito (de 5% para 2%).

"Houve uma migração do dinheiro, que diminuiu, para o cartão de crédito, principalmente o parcelado. Isso foi o jeito encontrado pelo consumidor de sair desse cenário econômico ruim", avaliou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Segundo ela, os dados da pesquisa mostram que o consumidor tem a intenção de gastar menos, mas, na hora que ponderam os preços vigentes, percebem que não vão conseguir. "É a vontade contra o que ela vai conseguir gastar de fato", disse, destacando que, no Natal, é difícil de as pessoas se retraírem, mesmo diante de uma perspectiva ruim. 

SITUAÇÃO FINANCEIRA - A pesquisa revela ainda que, para 59% dos consumidores brasileiros ouvidos, a percepção sobre a situação financeira melhorou. O levantamento mostra também que, para 27% dos entrevistados, a situação continua a mesma, enquanto 13% responderam que piorou. 

Entre os que responderam que melhorou, 51% justificaram que a percepção está melhor porque a renda aumentou e 8%, que se sentem mais seguros no emprego. Já entre os consumidores que disseram que a situação financeira piorou, 5% afirmaram que isso se deve ao fato de se encontrarem endividados e 3%, porque estão desempregados. Outros 3% disseram que a renda diminuiu e 2%, que não se sentem seguros no emprego. 

METODOLOGIA - A pesquisa entrevistou 624 pessoas de ambos os sexos e de todas as idades e classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de, no máximo, 3,7 pontos porcentuais, para um intervalo de confiança de 95%. Isso significa que, em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões.

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