Varejo

Vendas do varejo caem 9,9% em agosto, diz FecomercioSP

Receita real das vendas em agosto descontada a inflação do período, foi de R$ 43,2 bilhões

Giovanna Torreão
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Giovanna Torreão
Publicado em 04/11/2014 às 12:21
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Estados fizeram reabertura muito rápido - FOTO: Acervo/JC Imagem
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O mês de agosto não foi um bom período para o comércio varejista que viu suas vendas caírem 9,9% na comparação com idêntico mês de 2013, mostra a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PCCV). A receita real das vendas em agosto descontada a inflação do período, foi de R$ 43,2 bilhões.

Calculadas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz), as vendas passaram a acumular no ano, até agosto, uma queda de 2,4% o dobro da queda no ano até julho, que era de 1,2%.

Pelos registros da FecomércioSP, esta é a sexta e a maior queda mensal das vendas acumuladas no ano. "Por este motivo, acende-se a luz de alerta para os varejistas", alertam os técnicos da entidade. Segundo eles, os sucessivos recuos das vendas intensificam as projeções de queda para as vendas no total do ano, considerando que as variáveis determinantes do consumo não devem mudar.

Para a FecomercioSP, os ramos ligados aos bens duráveis foram fundamentais para o resultado negativo do varejo em agosto. As quedas nos faturamentos das lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (33,9%) e das concessionárias de veículos (25 7%) contribuíram para a retração geral com 6,3 pontos porcentuais. Os setores de lojas de materiais de construção (15 4%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (4,5%), autopeças e acessórios (8,8%), lojas de móveis e decoração (6,3%) e outras atividades (8,5%) também compõem o conjunto dos segmentos que registraram redução de faturamento real em agosto.

Após crescer por quatro meses consecutivos, o segmento de supermercados surpreendeu de forma negativa, recuando 1% na comparação com agosto de 2013. "Vale lembrar que essa atividade é a que possui o maior peso relativo no varejo e, por comercializar bens essenciais, é um importante balizador do comportamento do consumidor e ajuda a explicar o atual ciclo negativo das vendas", observam os economistas da FecomercioSP.

No resultado geral do mês, apenas duas das dez atividades pesquisadas obtiveram aumento de vendas. Farmácias e perfumarias (4,1%) continuam a trajetória de crescimento em 2014, acumulando no ano expansão de 6,6% em sua receita real. Contudo, sua contribuição no mês para o resultado do varejo total é de apenas 0,2 ponto porcentual. É o mesmo peso da contribuição das lojas de departamentos, que elevaram as vendas em 4,5%.

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