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FGV aponta alta de 1% na confiança da construção

Um indicador destacado pela FGV na divulgação da sondagem foi o avanço da confiança do segmento de Edificações, depois de duas quedas mensais consecutivas

Carolina Sá Leitão
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Carolina Sá Leitão
Publicado em 25/11/2014 às 11:37
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O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 1% em novembro ante outubro, divulgou a instituição nesta terça-feira (25). Segundo a FGV, a alta foi insuficiente para alterar a tendência do ICST quando se considera as médias móveis trimestrais. Em outubro, o indicador alcançou o menor nível da série histórica. 

Essa é a primeira vez que a FGV divulga a taxa de variação do ICST em base mensal com ajuste sazonal. A mudança na metodologia e na forma de divulgar os dados, antes trimestral, ocorreu "em virtude do tamanho relativamente reduzido das séries desta pesquisa". Segundo a instituição, os números serão revisados a cada mês até que se atinja maior estabilidade nos resultados. O economista Itaiguara Bezerra, da FGV, afirma que a mudança na metodologia foi feita "para uma melhor análise dos dados".

Considerando a relação interanual mensal (novembro de 2014 ante novembro de 2013), o ICST continua com uma variação negativa, porém mais branda do que na comparação interanual anterior. Neste mês, o ICST variou -18% em relação a novembro de 2013. Em outubro, o ICST havia variado -19,9% na comparação com outubro de 2014.

Em novembro, a alta do índice em relação a outubro deste ano decorreu, principalmente, da melhora relativa do grau de satisfação do empresariado em relação à situação atual, medido pelo Índice da Situação Atual (ISA-CST). O índice subiu 2,3% em novembro para 90,4 pontos, sendo que em outubro havia caído 6 5%. Já o Índice de Expectativas (IE-CST) ficou estável em 105,4 pontos.

O indicador do quesito "situação atual dos negócios" exerceu a maior influência no crescimento do ISA-CST. A alta desse quesito foi de 4,9% sobre o mês anterior, chegando a 95,5 pontos. Com isso, o indicador deixou o menor nível da série (91 pontos, em outubro). Já o indicador de "evolução recente atual" apresentou leve queda: caiu 0,7%, em relação a outubro, alcançando 85,2 pontos. Esse é o menor nível da série desse quesito.

A estabilidade do IE-CST resultou de movimentos opostos dos quesitos que compõem o índice. O quesito que mede o grau de otimismo com a "demanda para os próximos três meses" apresentou queda de 3,2%, em relação a outubro, atingindo 99,4 pontos. Já a percepção das empresas quanto à "situação dos negócios para os próximos seis meses" subiu 3%, chegando aos 111,3 pontos.

Um indicador destacado pela FGV na divulgação da sondagem foi o avanço da confiança do segmento de Edificações (+1,8%), depois de duas quedas mensais consecutivas. Com base em uma desagregação especial criada pela FGV/IBRE, observa-se que a alta ocorreu tanto no segmento Residencial quanto no Não Residencial. No segmento Residencial, a melhora ocorreu na percepção sobre a situação corrente: o ISA-CST avançou 3,7% sobre outubro. No segmento Não Residencial, foram as perspectivas para os próximos meses que melhoraram, levando o IE-CST a subir 4,2%.

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