Energia

Preço médio da energia no leilão A-5 foi de R$ 196,1/MWh

Três modalidades de energia negociadas tiveram deságio inferior a 2%

Giovanna Torreão
Cadastrado por
Giovanna Torreão
Publicado em 28/11/2014 às 12:02
Foto: Reprodução/Internet
Três modalidades de energia negociadas tiveram deságio inferior a 2% - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
Leitura:

O leilão A-5 de energia nova, realizado pela Aneel na manhã desta sexta-feira, 28, em menos de 50 minutos, foi caracterizado pelo baixo deságio oferecido pelos empreendedores. O preço médio da energia vendida no certame ficou em R$ 196,11/Mwh.

As três modalidades de energia negociadas tiveram deságio inferior a 2%. O preço médio da energia das térmicas vendidas no leilão ficou em R$ 205,19/MWh, com deságio de 1,8%. O preço dos projetos eólicos vendidos ficou em R$ 136/MWh, com deságio de 0 7%. Já o preço médio das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) atingiu R$ 161,89/MWh, com deságio de 1,3%. O projeto de Itaocara não teve energia contratada.

A potência instalada contratada no leilão ficou em 4.979 MW, representando uma garantia física de 2.742 MW médios. Foram contratados, no total, 583,8 milhões de MW médios em contratos que movimentarão R$ 114,5 bilhões por um período de até 30 anos.

A Aneel iniciou o leilão A-5 de energia com a oferta de energia da usina hidrelétrica de Itaocara, localizada no Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. A usina tem capacidade de 150 MW e o preço-teto estabelecido para a energia gerada no local foi de R$ 114/MWh, o mais baixo do certame.

As demais hidrelétricas de grande porte habilitadas previamente não terão energia vendida. As autoridades não detalharam a razão da exclusão da usina Perdida 2 - ela deveria ser vendida separadamente, junto com a usina Itaocara. As usinas de Apertados e Ercilândia não entregaram condicionantes e também não participaram do leilão.

Projetos

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou inicialmente 821 projetos para o leilão, com capacidade instalada conjunta dos projetos alcançando 29.242 megawatts (MW). Foram 577 empreendimentos eólicos (14.155 MW de capacidade), 179 fotovoltaicos (4.872 MW), 25 pequenas centrais hidrelétricas (412 MW), quatro hidrelétricas com capacidade superior a 50 MW de potência (418 MW), 21 termelétricas a biomassa (1.353 MW), nove termelétricas a carvão (3.890 MW) e seis térmicas abastecidas com gás natural (4.142 MW).

Na segunda etapa do leilão foram apresentados para negociação Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) na modalidade por quantidade, para usinas hidrelétricas, e também na modalidade por disponibilidade, esta para usinas termoelétricas a carvão, gás natural em ciclo combinado, biomassa e para usinas de fonte eólica e solar. Os contratos da energia gerada nas termelétricas garantirão 25 anos de suprimento. O prazo dos contratos dos projetos eólicos e solares cai para 20 anos. Já os empreendimentos hidrelétricos são garantidos por contratos de 30 anos.

O preço-teto estabelecido pela Aneel para os projetos eólicos e solares ficou em R$ 137 por megawatt-hora (MWh). No caso das térmicas, o preço de referência ficou estabelecido em R$ 209/MWh. Já o preço máximo da energia a ser comercializada pelos responsáveis pelos projetos hídricos havia sido estabelecido em R$ 164/MWh, exceção feita a Itaocara.

Últimas notícias