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Cepal: ajustes econômicos devem ser feitos sem prejuízos às políticas sociais

''Vejo perfis mais ortodoxos e pragmáticos'', disseo secretário adjunto da Cepal, Antônio Prado

Da ABr
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Publicado em 02/12/2014 às 15:49
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Os anúncios sobre a equipe econômica que comporá o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff indicam a busca, de forma gradual, de implementação do ajuste fiscal necessário, sem que isso prejudique as populações mais vulneráveis, o mercado de trabalho e o desenvolvimento do país. A avaliação é do secretário adjunto da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão vinculado às Nações Unidas, Antônio Prado.

“Vejo (na futura composição ministerial do governo Dilma Rousseff) perfis mais ortodoxos e pragmáticos. O sinal é claro de que a atuação a ser dada à questão do ajuste fiscal se dará dentro de uma gradualidade, que não resulte em danos ao desenvolvimento, aos segmentos mais vulneráveis ou ao mercado de trabalho”, disse Prado. Ele participou, nesta terça-feira (2), da divulgação do Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2014.

Segundo ele, esse perfil de ministros “lembra a equipe econômica montada pelo presidente Lula em 2003”. Além disso, acrescentou que "as metas de inflação atual estão menores do que em 2003, as taxas de desemprego estão mais baixas e as reservas ajudarão na condução das políticas econômicas, bem como a enfrentar eventuais ataques especulativos".

De acordo com a Cepal, apesar de a inflação afetar o poder de consumo das pessoas, no atual cenário brasileiro há uma "compensação para os trabalhadores", devido à melhoria dos salários. A entidade apontou como fator negativo a baixa expansão de crédito ofertado por bancos privados, o que tem levado os bancos públicos a atuarem de forma mais forte.

Outro ponto que chama a atenção da Cepal é o fato de o crescimento da arrecadação ter sido menor. Em diversos momentos, o governo brasileiro incentiva a economia por meio de renúncias fiscais. Isso, na avaliação de Prado tem minimizado o espaço fiscal do país. “Mas com o aceno de Dilma, espera-se um ajuste fiscal e o aumento de investimentos, após a conclusão dos projetos que estão em andamento”, acrescentou o secretário da entidade.

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