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Com alimentos em alta, secretário não recomenda dieta

''Nunca faço recomendações, a população escolhe os produtos que ela deseja'', disse o secretário Márcio Holland

Da Folhapress
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Publicado em 05/12/2014 às 15:49
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''Nunca faço recomendações, a população escolhe os produtos que ela deseja'', disse o secretário Márcio Holland - FOTO: Foto: ABr
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O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou nesta sexta-feira (5) que a alta nos preços de alimentos e bebidas tiveram peso maior na inflação de novembro, que foi de 0,51%. Em 12 meses, o IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 6,56%.

Desta vez, no entanto, o secretário não fez recomendações de dieta para a população driblar a alta dos preços. Em outubro, Holland aconselhou os brasileiros a trocarem a carne bovina por outras fontes de proteína, como ovo e frango, declaração tachada de "infeliz" pela presidente Dilma.

"Nunca faço recomendações, a população escolhe os produtos que ela deseja. A população tem obtido ganho de renda, tem podido consumir variados tipos de produtos, não só alimentos, como serviços, bens", defendeu o secretário.

PREÇOS - Segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta, o preço da carne subiu mais de 20,56% nos últimos 12 meses, sendo um dos itens de maior pressão na inflação brasileira.

Ele destacou que a alta no preço dos alimentos, que representou 37% da inflação de novembro, está ligada ao período de entressafra e à seca intensa deste ano. Além da carne, ele citou o aumento no preço de hortaliças, verduras e alguns tubérculos.

Outros fatores que impactaram a inflação foi a alta na gasolina, por conta do aumento de 3% nas refinarias autorizado pelo governo no início de novembro, e da energia elétrica.

Segundo Holland, a inflação deve fechar o ano entre 6,4% e 6,45%, encostando, portanto, no limite máximo de tolerância da meta oficial de inflação, que é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais e para menos.

Ele também citou a volatilidade do câmbio como motivo de mais pressão inflacionária.

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