![Foto: ABr](https://jconlineimagem.ne10.uol.com.br/imagem/noticia/2014/12/05/normal/b47af98b78b24b24a4a75a250857f431.jpg)
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou nesta sexta-feira (5) que a alta nos preços de alimentos e bebidas tiveram peso maior na inflação de novembro, que foi de 0,51%. Em 12 meses, o IPCA (índice oficial de inflação) ficou em 6,56%.
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Desta vez, no entanto, o secretário não fez recomendações de dieta para a população driblar a alta dos preços. Em outubro, Holland aconselhou os brasileiros a trocarem a carne bovina por outras fontes de proteína, como ovo e frango, declaração tachada de "infeliz" pela presidente Dilma.
"Nunca faço recomendações, a população escolhe os produtos que ela deseja. A população tem obtido ganho de renda, tem podido consumir variados tipos de produtos, não só alimentos, como serviços, bens", defendeu o secretário.
PREÇOS - Segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta, o preço da carne subiu mais de 20,56% nos últimos 12 meses, sendo um dos itens de maior pressão na inflação brasileira.
Ele destacou que a alta no preço dos alimentos, que representou 37% da inflação de novembro, está ligada ao período de entressafra e à seca intensa deste ano. Além da carne, ele citou o aumento no preço de hortaliças, verduras e alguns tubérculos.
Outros fatores que impactaram a inflação foi a alta na gasolina, por conta do aumento de 3% nas refinarias autorizado pelo governo no início de novembro, e da energia elétrica.
Segundo Holland, a inflação deve fechar o ano entre 6,4% e 6,45%, encostando, portanto, no limite máximo de tolerância da meta oficial de inflação, que é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais e para menos.
Ele também citou a volatilidade do câmbio como motivo de mais pressão inflacionária.