A desvalorização do real frente ao dólar é vista com bons olhos pelos exportadores. Mas, na visão da CNI (Confederação Nacional da Indústria), para dar competitividade ao setor, o ideal é que o dólar fique ainda mais caro.
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"As reformas necessárias vão levar ainda muitos anos. Então o que pode fazer com que tenhamos competitividade (no curto prazo)? Câmbio e juros. O dólar deveria estar hoje mais perto de R$ 3 do que de R$ 2,70", afirmou Robson Andrade, presidente da CNI, nesta terça-feira (16). Ele afirmou, contudo, que é preciso um câmbio estável.
Segundo Andrade, para que a indústria nacional tenha condições de competir, será preciso promover a reforma tributária, a melhoraria a infraestrutura do país e desburocratizar o comércio exterior.
RETRAÇÃO - Em 2014, a indústria deve fechar o ano com retração de 1,5%, enquanto a economia brasileira deve ficar estagnada, com alta de apenas 0,3%, estima a entidade.
Com exportações em queda, o Brasil deve ter saldo comercial negativo de US$ 4,5 bilhões, o primeiro deficit em quatorze anos.
Para 2015, a previsão é de expansão de 1% no PIB industrial e na economia do país como um todo. Tal avanço, de acordo com a entidade, dependerá do sucesso do ajuste fiscal promovido pela nova equipe econômica de Dilma Rousseff.