Empregos temporários

Cresce procura por vagas e taxa de desemprego sobe em novembro

Com 4,8% em novembro, a taxa ficou pouco acima da de outubro (4,7%)

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Publicado em 19/12/2014 às 21:10
Marcos Santos/USP Imagens
Com 4,8% em novembro, a taxa ficou pouco acima da de outubro (4,7%) - FOTO: Marcos Santos/USP Imagens
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Com mais pessoas à procura de trabalho e sem uma forte abertura de vagas capaz de absorvê-las, a taxa de desemprego nas maiores metrópoles do país parou de cair e veio mais alta que as expectativas de analistas.

Com 4,8% em novembro, a taxa ficou pouco acima da de outubro (4,7%). Ultrapassou ainda marca de igual mês de 2013 (4,6%) e a estimativa média do mercado (4,5%). Os dados são do IBGE.

Animadas com a possibilidade de arrumar um emprego temporário de fim de ano, pessoas retornaram ao mercado de trabalho e saíram da inatividade (147 mil pessoas), movimento contrário ao visto ao longo de todo este ano.

Como sempre ocorre perto do Natal, o emprego cresceu de outubro para novembro (0,5% ou 105 mil pessoas), impulsionado pelas vagas do comércio e de ramos de serviços, como alimentação, turismo e alojamento.

Nem todas as pessoas que procuraram trabalho, porém, conseguiram uma colocação, o que fez subir o número de desempregados (4,4% ou 50 mil). Com isso, a taxa de desocupação subiu, ainda que ligeiramente.

DE VOLTA AO MERCADO

Para Fernando Holanda, economista da FGV, esperava-se há algum tempo o retorno de pessoas ao mercado de trabalho num ambiente de economia fraca e rendimento em desaceleração.

Segundo ele, o aumento da procura, que "finalmente aconteceu" em novembro, está ligado à maior oferta de empregos no fim do ano. Outra possibilidade, diz, é que parte dos que perderam o trabalho e já receberam o seguro-desemprego voltou a buscar uma ocupação para complementar a renda familiar.

"Mas ainda é cedo para dizer se é uma nova tendência. Foi um primeiro mês de entrada de pessoas no mercado de trabalho e de alta da taxa de desemprego", pondera.

Até outubro, a taxa de desemprego se manteve em patamares baixos não por causa da acelerada criação de empregos, mas porque muitos foram para a inatividade.

Com o resultado de novembro, cresce a expectativa de alta da taxa de desemprego em 2015. Na opinião de Rodrigo Miyamoto, do Itaú, esse aumento será moderado. O banco prevê que a menor geração de empregos limitará o consumo das famílias no próximo ano.

 

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