FINANÇAS

Notas do Tesouro são boa opção de investimento

Ambiente de inflação e juros altos favorece aplicação em algumas modalidades do Tesouro Direto

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 11/01/2015 às 8:09
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Ambiente de inflação e juros altos favorece aplicação em algumas modalidades do Tesouro Direto - FOTO: JC Imagem
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Com o cenário de juros em alta, os especialistas em investimentos apontam as aplicações em renda fixa como a melhor opção para o ano de 2015. Dentro do leque de opções que esse tipo de investimento propicia, há dois produtos no Tesouro Direto que, além de garantir um bom retorno acima da inflação, podem gerar um renda extra periódica. São as Notas do Tesouro Nacional série B e também a série F.

Tanto a NTN-B “pura” quanto a NTN-F pagam juros a cada seis meses, realizando fluxo de caixa para o investidor antes do vencimento, os chamados cupons.

Segundo o diretor da corretora Easynvest, Amerson Magalhães, os dois produtos funcionam muito bem em duas situações. “Na primeira delas, o investidor tem capital mas precisa de uma retirada periódica e se for resgatar um título no momento do resgate pode ter um desconto em razão do mercado. Negociando os títulos que pagam cupom, ele mantém o ganho previsto para o final do contrato e também o recebimento do valor a cada seis meses”, comentou.

Ele diz que, nesta estratégia, o aplicador mitiga o risco de mercado, além de poder reavaliar seu portfólio de investimentos. “Dependendo do cenário, ele pode redirecionar essa renda para colocar em aplicações mais vantajosas no momento. Ou seja, ele pode usar o fluxo para consumir ou reinvestir”, assinalou.

Há dois tipos de NTN-B. A NTN-B “pura” paga juros a cada seis meses e a NTN-B principal não paga cupom, devolvendo o principal e os juros apenas no vencimento. Por isso, a NTN-B principal tem uma rentabilidade um pouco melhor. É válido salientar que a NTN-B é título que paga taxa pré-fixada, que o investidor conhece no ato da compra, mais a inflação pelo IPCA. Por isso é considerado um título híbrido, ou seja, que paga pré e pós fixado.

Já a NTN-F é um título pré-fixado, que também paga cupons semestrais. Essas formas de remuneração possibilitam estratégias de investimento, que, dependendo da data da aplicação, podem render remunerações em menos tempo, pagando cupons em datas diferentes.

Por essas características, os dois produtos são indicados para investimento de longo prazo. Caso o investidor queira se desfazer da aplicação no meio do caminho, poderá até perder rendimento, dependendo do preço que esses títulos estejam sendo comercializados no momento da venda.

Além disso, prazos maiores garantem o pagamento de uma alíquota menor de Imposto de Renda, como 15% para aplicações acima de dois anos. “Esse tipo de papel é atraente porque o governo não pretende mais utilizar a Selic com instrumento contra a inflação”, argumenta Bruno Lacerda, da BGA Invest. “NTN-F paga hoje mais de 12% no ano e uma NTN-B garante ganho real, descontada a inflação, de mais de 6%”, diz Magalhães.

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