Financiamento

Após freio em 2014, Caixa estuda subir juro imobiliário

Será a primeira alteração após um "congelamento" que durou todo o ano de 2014

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Publicado em 14/01/2015 às 21:56
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Será a primeira alteração após um "congelamento" que durou todo o ano de 2014 - FOTO: Alexandre Gondim/JC Imagem
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A Caixa Econômica Federal, que detém 70% do crédito imobiliário no país, estuda reajustar as taxas de juros do financiamento imobiliário, mudança que deverá ter impacto nos juros dos demais bancos e no ritmo de atividade da construção civil. Será a primeira alteração na tabela da Caixa após um "congelamento" que durou todo o ano de 2014.

A decisão reforça o discurso da nova equipe econômica de ajuste fiscal e de redução de subsídios do governo. Segundo a Caixa, ainda não há uma data para a mudança na tabela, apesar de alguns corretores esperarem a alteração a partir de fevereiro. O banco se limitou a dizer que faz estudos para avaliar o impacto do juro maior em sua estratégia comercial.

O reajuste nos juros da Caixa, que funcionam como um piso do mercado (o banco estatal é reconhecido por cobrar as menores taxas), deve levar as demais instituições a elevarem também os juros do empréstimo habitacional.

Apesar da alta generalizada dos juros nas demais linhas de crédito em 2014, os bancos resistiram em repassar a variação para o empréstimo imobiliário, que conta com recursos da poupança captados com pagamento de 6% ao ano mais TR.

No ano passado, a taxa Selic (juros básicos) subiu de 10% para 11,75% de janeiro a dezembro, enquanto os juros médios do financiamento imobiliário começaram em janeiro e terminaram novembro - dado mais recente -, em 8,5%.

Para Octavio de Lazari, presidente da Abecip (associação das empresas de crédito imobiliário), mesmo se a Caixa subir os juros, o impacto deverá ser "marginal" na conta final dos mutuários dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que vale para imóveis até R$ 750 mil nas principais capitais.

A mudança maior, afirma Lazari, será nos empréstimos fora do SFH, voltados para alta renda e que não contam com recurso da poupança.

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