Retração

Economia ficou estável em novembro, vê BC

O ritmo aquecido do varejo não foi suficiente para tirar a economia brasileira do trilho da estagnação

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Publicado em 15/01/2015 às 21:16
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O ritmo aquecido do varejo não foi suficiente para tirar a economia brasileira do trilho da estagnação - FOTO: Oswaldo Corneti /Fotos Públicas
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A atividade econômica brasileira teve uma leve melhora em novembro, sustentada pelo bom resultado das vendas no varejo, mas ainda acumula retração no ano.

O indicador mensal de atividade do Banco Central, o IBC-Br, subiu 0,04% em novembro em relação a outubro, descontados efeitos sazonais, como número de dias úteis.

Em outubro, o indicador apontou uma queda de 0,3% na atividade econômica.

De janeiro a novembro, o índice registra queda de 0,12% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo divulgou nesta quinta-feira (15) o BC.

Apesar de ter vindo acima da estimativa média do mercado, que era de queda, o resultado de novembro deixa clara a fragilidade da economia brasileira e aponta para um quarto trimestre de queda no PIB, segundo o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito.

O que evitou um resultado pior em novembro foi o bom desempenho do comércio, com um crescimento de 0,9% nas vendas.

Mas o ritmo aquecido do varejo não foi suficiente para tirar a economia brasileira do trilho da estagnação.

A queda de 0,7% na produção industrial (um dos principais componentes do índice) pesou no resultado fraco.

Para Perfeito, a balança comercial, que teve em 2014 um deficit de US$ 3,9 bilhões, e o resultado pífio na criação de vagas confirmam a tendência de um 2014 com crescimento próximo a zero.

PREVISÕES

O Ministério da Fazenda estima que a economia tenha crescido 0,2% no ano passado, em decorrência, entre outros motivos, da crise global e da menor confiança de empresários e consumidores.

Para 2015, o mercado aposta numa elevação de 0,4% do PIB, como mostra a mais recente pesquisa semanal com economistas de mercado conduzida pelo Banco Central.

Mas cresce entre economistas a avaliação de que a atividade econômica não crescerá em 2015, com grandes riscos de retração.

Para eles, as medidas que vêm sendo tomadas pelo governo para colocar as contas públicas em ordem e recuperar a credibilidade do mercado (como aumento de juros, controle de gastos e restrição do crédito) podem aprofundar a desaceleração econômica.

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