Lava Jato

Punição de culpados é importante, diz CNBB sobre corrupção na Petrobras

Escândalo de corrupção na Petrobras gerou um 'mal estar' no país

Da Folhapress
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Publicado em 05/02/2015 às 12:47
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Escândalo de corrupção na Petrobras gerou um 'mal estar' no país - FOTO: Foto: Agência Brasil
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O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cardeal Raymundo Damasceno, afirmou nesta quinta-feira (5) que o escândalo de corrupção na Petrobras gerou um "mal estar" no país e defendeu que os culpados no episódio sejam de fato punidos.

"Eu acho que a sociedade, de um modo geral, está experimentando esse mal estar do ponto de vista ético, moral. (...) É importante não só apontar a corrupção, mas também buscar oferecer propostas", disse ele, em referência a projeto de reforma política defendido pela conferência em parceria com outras entidades, como a OAB.

Damasceno ponderou ainda que a impunidade é um dos fatores que estimula a corrupção no país, daí a necessidade de penalizar os envolvidos. Na manhã de hoje, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Lavo Jato, que investiga irregularidades na estatal.

"O Judiciário é importante nessa questão, para que as denúncias sejam verificadas e se faça um processo para se determinar culpa ou não. E que os culpados sejam punidos." Para o presidente da CNBB, é preciso aprovar uma reforma política e abordar temas como financiamento público de campanha e maior participação de mulheres na política.

Ele ainda criticou o número elevado de partidos políticos no país. "Vivemos hoje com tantos partidos e muitas vezes sem programas. Não há preocupação com o bem comum, mas com interesses pessoais, grupos."

CRISE HÍDRICA

Arcebispo de Aparecida, o cardeal também comentou a crise hídrica no país. Para ele, diversos fatores resultaram no atual cenário, desde as "condições climáticas desfavoráveis" até o "elemento da gestão, do planejamento a longo prazo".

"O uso mais racional da água é fundamental", disse em coletiva de imprensa. "Temos falado muito dos reservatórios, mas não muito das nascentes e dos rios", ponderou Leonardo Steiner, secretário-geral da entidade.

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