Comércio

Vendas no varejo crescem menos em 2014 que em 2013

Dados indicam que dentre as oito atividades do varejo, cinco registraram taxas positivas, em relação ao ano anterior

Da Agência Brasil
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Publicado em 11/02/2015 às 10:17
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O comércio varejista do país fechou o ano passado com crescimento acumulado de 2,2% no volume de vendas, em comparação ao resultado acumulado de 2013 (4,3%), no volume de vendas da série sem ajuste sazonal. Já a receita nominal do setor fechou 2014 com crescimento de 8,5%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio divulgado hoje (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam que dentre as oito atividades do varejo, cinco registraram taxas positivas, em relação ao ano anterior.

O principal destaque foi o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc), que registrou variação no volume de vendas de 7,9% em 2014, em relação ao ano anterior, sendo este o principal impacto positivo no resultado anual do setor.

Também se destacaram as atividades do item artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 9% em relação ao ano anterior e que deu a segunda maior contribuição à taxa anual do varejo. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cresceu 1,3%, o terceira maior impacto na formação da taxa geral do varejo.

Segundo o IBGE, apesar do crescimento do segmento de hipermercados, entre 2014 e 2013, houve declínio na taxa de expansão entre os dois períodos, uma vez que em 2013 o aumento foi 1,9% em relação a 2012.

“Isso pode ser explicado pela desaceleração do crescimento da massa real de rendimento, com taxa de variação de 1,4% em 2014, contra os 2,4% de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego [PME]”, também do IBGE.

A quarta maior contribuição à taxa global do varejo foi verificada no item combustíveis e lubrificantes, que apresentou, em 2014, resultado positivo no volume de vendas de 2,6% em relação ao ano anterior. “O desempenho foi influenciado pelo comportamento dos preços dos combustíveis, cujo aumento no ano foi 4,9%, contra a média geral de 6,4%, segundo o Índice de Preço ao Consumidor Amplo, o IPCA”, outro indicador do IBGE.

Com variação de -1,7% a atividade de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação exerceu impacto nulo no resultado do varejo. “Este resultado negativo foi influenciado pelo menor ritmo de expansão do crédito que, segundo o Banco Central, passou em 12 meses de 7,8% em dezembro de 2013 para 4,7% em dezembro de 2014, bem como pelo aumento da taxa de juros já citado anteriormente” ressaltou o Instituto.

Duas atividades registraram influência negativa no resultado e ambas exerceram a mesma magnitude de impacto: tecidos, vestuário e calçados, com taxa de -1,1% em relação ao ano anterior; e livros, jornais, revistas e papelaria, com -7,7%, que “podem ser explicados, em parte, pela redução do ritmo de crescimento da massa salarial”, diz o IBGE

Já o Comércio Varejista Ampliado – que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, e de material de construção, apresentou em 2014 variação de -1,7% sobre o ano anterior, depois de uma expansão de 3,6% em 2013. Essa desaceleração deveu-se à queda das vendas de veículos, motos, partes e peças (-9,4%, em 2014, contra 1,4% em 2013). “Os fatores que justificaram este resultado foram a diminuição do ritmo de crédito, a gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, a elevação da taxa de juros e a restrição orçamentária das famílias”, explica nota do IBGE.

As informações do IBGE indicam, ainda, que o Comércio Varejista Ampliado fechou 2014 com crescimento na receita nominal de 3,9%.

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