A inadimplência (atrasos no pagamento de prestações) do consumidor aumentou 4,1% no primeiro mês de 2015 em relação a dezembro do ano passado, o maior percentual de alta mensal registrado em um mês de janeiro, desde 2003, quando o índice de aumento foi 7,1%.
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Na comparação com janeiro de 2014, houve crescimento de 16,7%, o que significa o maior ritmo de aumento dos últimos quatro meses, seguindo o mesmo critério de comparação usado pela empresa Serasa Experian, responsável pela pesquisa.
Os economistas da empresa acreditam que a alta da inadimplência no mês passado, tanto em relação a dezembro de 2014 quanto na comparação interanual, reflete as crescentes dificuldades que o consumidor brasileiro está encontrando para honrar seus compromissos financeiros.
Em nota, a entidade diz que “aumentos sazonais de impostos e taxas (como IPTU e IPVA), realinhamento de vários preços administrados (energia elétrica, transporte urbano, combustíveis), elevações nas taxas de juros e enfraquecimento do mercado de trabalho estão entre as causas que começam a delinear um cenário menos benigno para a inadimplência do consumidor”.
As dívidas não bancárias foram as principais responsáveis pela alta em janeiro, com elevação de 10,4% ante o mês anterior. Essas dívidas correspondem a cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica e água, entre outros.
Já a inadimplência com os bancos, apresentou crescimento de 0,3%. Os títulos protestados e os cheques sem fundos apresentaram quedas de 12,3% e 9,9%.