Despesas

Superávit do setor público ainda não reflete ajuste fiscal, diz BC

A dívida bruta do Governo Geral (governo federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,315 bilhões em janeiro

Da ABr
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Publicado em 27/02/2015 às 14:31
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
A dívida bruta do Governo Geral (governo federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,315 bilhões em janeiro - FOTO: Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
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O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, disse hoje (27) que o resultado positivo do setor público consolidado em janeiro ainda não reflete os efeitos das medidas anunciadas na área fiscal, para aumento da arrecadação e contenção de despesas. A economia dos entes públicos – Governo Central, estados, municípios e empresas estatais – para pagar os juros da dívida somou R$ 21,063 bilhões no mês passado. O resultado supera em 5,73% o de janeiro de 2014 e é o melhor registrado desde janeiro de 2013.

"Isso [medidas fiscais] ainda não está sendo observado nos números de janeiro em termos práticos. Esses impactos ainda serão incorporados nos próximos meses", explicou Maciel em entrevista. Segundo ele, os impactos serão graduais, mas já deverão refletir no resultado primário em fevereiro. O conjunto de ações anunciadas visa a fazer com que o setor público cumpra a meta de superávit primário estabelecida para 2015, que é 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos em um país).

Para Tulio Maciel, o superávit de janeiro "é um bom resultado" mesmo levando-se em conta a sazonalidade do mês, em que tradicionalmente há despesas menores por parte dos entes públicos. Ele informou, ainda, as projeções para a dívida líquida do setor público em fevereiro. Em janeiro, a dívida ficou em R$ 1,885 bilhão, o equivalente a 36,6% do PIB, contra 36,8% em dezembro. Para fevereiro, espera-se que a proporção fique em 36,2% do Produto Interno Bruto.

A dívida bruta do Governo Geral (governo federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 3,315 bilhões em janeiro, o equivalente a 64,4% do PIB. Em fevereiro, é esperado um avanço para 64,6%. Para o ano, a projeção está mantida em 65,1% do PIB, segundo os parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias.

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