Renda fixa

Tesouro Direto ganha mais liquidez e títulos públicos mudam de nome

Entre as mudanças, estão a recompra diária dos títulos, antes restritas às quartas-feiras, e a reformulação do site

Do JC Online
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Publicado em 11/03/2015 às 8:44
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A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) modificou nesta terça-feira (10) o programa do Tesouro Direto, que permite às pessoas comprar, pela internet, títulos da dívida pública brasileira e gerenciar sua própria carteira de investimentos. Entre as mudanças, estão a recompra diária dos títulos, antes restritas às quartas-feiras, e a reformulação do site, que ficou “mais didático e intuitivo”, passando a ter a figura de um orientador financeiro, que conduz o investidor ao melhor investimento de acordo com os seus objetivos.

Além disso, a STN simplificou os nomes dos títulos públicos negociados para facilitar o entendimento do público sobre o tipo de título ofertado, com uma nova nomenclatura. O novo nome dos títulos já indica se o investimento é prefixado, se tem taxas flutuantes, qual o indexador e se paga cupons semestrais. No primeiro dia de funcionamento, no entanto, o novo site ficou fora do ar durante a maior parte da tarde.

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Tesouro direto tem alterções

O operador da Finacap, Leandro Lima, diz que a principal novidade do Tesouro Direto é a operação diária dos títulos. “A liquidação diária deu mais liquidez à aplicação e, com isso, eliminou uma das desvantagens que o Tesouro Direto tinha em relação à poupança. Com isso, aplicador pode ter acesso ao seu dinheiro no dia em que lhe interessar”, salientou. 

Além de a operação de venda poder ser realizada durante a semana, das 18h às 5h, também será permitida nos finais de semana a qualquer horário, sempre com os valores negociados com os últimos preços de fechamento do mercado. A outra diferença, em relação à poupança, ainda se mantém: enquanto a poupança é isenta de IR, as aplicações no Tesouro cobram o mínimo de 15% do imposto, dependendo do período de aplicação. Há ainda o custo com as operadoras de valores, que o investidor precisa contratar para fazer a aplicação. Em média, elas cobram 0,3% por ano. As mudanças entram em vigor no dia 30 de março. 

O Tesouro também criou um novo produto. Saem os papéis LTN com vencimento em 2017 e entram os LTNs para 2021, sob a nomenclatura de Tesouro Prefixado 2021, que pagarão juros de 13,22% ao ano. O papel Tesouro Prefixado 2018 pagam juros maiores, de 13,58%. “Isso acontece porque há a perspectiva de alta de taxas no curto prazo e o mercado prevê que a taxa vai baixar no futuro”, diz Lima.

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