O setor de serviços começou o ano com fraco desempenho. O faturamento, sem descontar o efeito da inflação, cresceu 1,6% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2014. Foi a menor variação da série histórica iniciada em janeiro de 2012, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta segunda-feira (16).
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O resultado é inferior às taxas registradas em dezembro (4%) e novembro (3,7%). Pelos dados do IBGE, o índice acumulado em 12 meses aponta expansão de 5,4%. Todos os resultados levam em consideração a receita real, sem considerar o impacto da inflação, o que prejudica a análise.
Segundo analistas, o faturamento real do setor já mostra uma expansão menor do que a inflação, que, em 12 meses, está na faixa de 6,7%. Para 2015, é esperada uma desaceleração do consumo e dos preços dos serviços, pois muitos não são essenciais.
Essa freada é reflexo da própria inflação mais alta (prevista para 8% neste ano), o que corrói a renda das famílias e as faz focar suas despesas em bens e serviços mais essenciais, como alimentação, transporte e outros.
SETORES
Apesar da freada esperada, os serviços prestados às famílias ainda registraram crescimento de 8,6% e evitaram um desemprenho pior em janeiro -o ramo agrupa restaurantes, hotéis, bares e outros. Tiveram resultados mais modestos os ramos de serviços profissionais, administrativos e complementares (alta de 5,3%) e transportes e serviços auxiliares dos transportes e correio (2,2%).
Já os serviços de informação e comunicação registraram queda de 2,5%. A pesquisa do IBGE engloba atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel.