Inflação

Concentração de reajustes hoje reduz pressão inflacionária à frente, diz Tombini

Presidente do BC destacou que o mercado de trabalho está ?menos tensionado?, e isso ?tende a moderar as pressões inflacionárias?

Da ABr
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Publicado em 18/03/2015 às 17:48
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Presidente do BC destacou que o mercado de trabalho está ?menos tensionado?, e isso ?tende a moderar as pressões inflacionárias? - FOTO: Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
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O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (18) que a concentração de reajustes de preços administrados no primeiro trimestre de 2015 contribui para redução da pressão inflacionária à frente e queda da inflação acumulada em 12 meses, no início do próximo ano. Os preços administrados são aqueles regulados pelo governo, como os da gasolina e energia. Para Tombini, é “factível” a convergência, em 2016, da inflação para o centro da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Tombini fez as declarações durante participação na Segunda Conferência Macro Global no Brasil, promovida pelo Goldman Sachs Banco Múltiplo, em São Paulo. De acordo com o presidente do BC, a política monetária “está e continuará vigilante”. Ele voltou a afirmar que o país sofre o impacto de dois fenômenos de ajustes de preços: os domésticos em relação aos internacionais, em função, principalmente, do fortalecimento do dólar; e o dos preços administrados em relação aos preços livres.“Esses ajustes de preços fazem com que a inflação corrente mensal se eleve no curto prazo, como tem sido neste primeiro trimestre”, disse. Apesar disso, na avaliação dele, há sinais positivos para o objetivo da convergir a inflação para o centro da meta.

Entre eles, o presidente do BC destacou que o mercado de trabalho está “menos tensionado”, e isso “tende a moderar as pressões inflacionárias”. Tombini disse ainda que, mesmo com o fortalecimento do dólar norte-americano, fatores como o comportamento e projeções para os preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional), bem como o enfraquecimento de outras moedas, como o euro, podem mitigar os efeitos do fenômeno sobre os preços domésticos.

Tombini ressaltou também que a economia brasileira passa por um ajuste “importante e necessário”, e 2015 será um ano de “transição”. Para ele, a adoção de medidas fiscais como contenção de despesas, eliminação de subsídios e redefinição de tarifas contribuirá para que a transição seja rápida e os benefícios apareçam. “O fortalecimento da política fiscal, por meio de um processo consistente e crível de consolidação de receitas e despesas, rigorosamente conduzido, facilita, ao longo do tempo, a convergência da inflação para o centro da meta”, disse.

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