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Mesmo com alta do dólar, brasileiros mantêm procura por vistos para os EUA

Nos últimos dias, o dólar superou a barreira dos R$ 3,20, alcançando o maior patamar dos últimos dez anos

Da ABr
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Publicado em 18/03/2015 às 12:27
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Nos últimos dias, o dólar superou a barreira dos R$ 3,20, alcançando o maior patamar dos últimos dez anos - FOTO: Foto: Carlos Severo / Fotos Públicas
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A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, disse nesta quarta-feira (18) que, até o momento, a demanda de vistos de turismo por brasileiros para seu país não foi afetada pela alta do dólar. Nos últimos dias, o dólar superou a barreira dos R$ 3,20, alcançando o maior patamar dos últimos dez anos.

Em visita ao Rio de Janeiro, a embaixadora destacou o fato desta época não ser de alta temporada para o turismo em seu país. “Geralmente, esse não é um momento de alta demanda. Mas eu estive na Califórnia, na semana passada, e me reuni com algumas empresas aéreas. Eles falavam que o número de brasileiros viajando para o estado da Califórnia tem aumentado e que estão pensando até em abrir uma linha direta de São Paulo a São Francisco. Mas temos que monitorar para ver como o impacto da economia afeta a decisão dos brasileiros em viajar”, disse.

A expectativa de Liliana Ayalde é de que a desvalorização do real ante ao dólar seja “algo passageiro”. “Esperamos que o ajuste econômico funcione de tal maneira que as pessoas possam continuar visitando, estudando ou fazendo negócios nos Estados Unidos, que era algo que vinha crescendo bastante. Esperamos poder contar com isso”.

A embaixadora disse que, em média, são feitos 1,2 milhão de pedidos de vistos por brasileiros ao ano. A média de aprovação dos pedidos pelos consulados americanos chega a 96%.

Ela acrescentou que a inclusão do Brasil no programa de isenção de vistos para os Estados Unidos ainda está em avaliação. A embaixadora disse que o avanço das discussões depende de um posicionamento do governo brasileiro.

“Para ter essa isenção, tem que ter sistemas e requerimentos da lei. Precisamos trabalhar juntos. É uma possibilidade, mas vai depender muito das autoridades brasileiras pedirem ao nosso governo. Estamos esperando um pouco agora que estamos formulando a agenda de trabalho para ver se isso forma parte dessas prioridades brasileiras”, disse.

A embaixadora tem agenda no Rio de Janeiro para comemorar os 450 anos da cidade. Liliana Ayalde morou três anos no Rio, quando ainda era criança, ocasião em que aprendeu a falar português. Ela está a frente da embaixada, em Brasília, desde o segundo semestre de 2013.

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